O secretário já fez lambança antes, tanto que responde a três processos. Olha a improbidade administrativa
Em Rondônia a incompetência tem nome: Júnior Lopes. E também cargo: ele é secretário da Sejucel. Ele conseguiu não realizar os Jogos Intermunicipais de Rondônia na data marcada pela própria Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer, o que resultou em um prejuízo de pelo menos R$ 500 mil aos municípios que compraram passagens para o deslocamento a Porto Velho, cidade sede.
O secretário já fez lambança antes, como pode ser verificado pelos três processos que correm contra ele, por improbidade administrativa. Vejam os números dos processos: 7052660-54.2023.8.22.0001; 7052659-69.2023.8.22.0001 e 7052658-84.2023.8.22.0001.
A mais recente é essa: Júnior Lopes deixou para a última hora a tentativa de contratar o hotel para hospedar os participantes. Isso pode ser visto no próprio portal do Governo. Os jogos deveriam ter começado no último dia 29, mas o edital para contratação do hotel foi publicado somente no último dia 12, ou seja, 17 dias antes do evento. A sessão pública foi no dia 25, quatro dias antes da data marcada. O relatório final da licitação só saiu no dia 27, dois dias antes.
Você pode acompanhar como o processo licitatório foi feito em cima da hora, às pressas, acessando o portal do Governo:
https://rondonia.ro.gov.br/wp-content/uploads/2023/09/EmitirDespachoFinal-7.pdf
Nunca um secretário tinha conseguido fazer tanta confusão em uma secretaria tão pequena como a Sejucel. O pior foi depois. Taxado de incompetente, a tropa de choque entrou em ação, para aparentemente tentar calar a boca dos críticos. O ex-traficante Sidomar Gonçalves Filho, membro da comissão técnica do Porto Velho Esporte Clube, deu uma de macho para o lado da secretária da Semes, da prefeitura de Porto Velho. A secretária Ivonete Gomes registrou Boletim de Ocorrência na delegacia.
Sidomar, que foi preso por determinação da 2ª Vara de Execução Penal de Manaus, teria iniciado uma campanha difamatória contra Ivonete em grupos de WhatsApp. A tipificação penal é tráfico de drogas. Interessante é que ele pareceu valente quando enviou áudios dizendo que iria até a Semes, falar com a secretária Ivonete, mas quando foi preso ele estava muito bonzinho com a Polícia.
Mas agora ele já parou. Pontos para Júnior Lopes. Nisso o secretário acertou. Ex-traficante não deve ficar tentando intimidar os outros.
Com a tropa de choque colocada de lado, aparentemente Júnior Lopes teria acionado a tropa do cheque. Ele colocou nas redes sociais dele depoimentos de presidentes de diversas federações. Os presidentes alegam que apoiam o secretário e dizem que participarão dos Jogos Intermunicipais.
É preciso ver se essas declarações de apoio custarão alguma coisa ao Governo do Estado. Ou acham que presidente de federação que vive mendigando dinheiro público vai apoiar Júnior Lopes de graça? E acham que Júnior Lopes vai pagar pelo apoio com dinheiro dele? Claro que não. Vamos acompanhar o quanto de dinheiro do povo ele deverá destinar às federações.
Já se sabe que existe investigação em andamento na Sejucel, por conta da Expovel. A secretaria repassou cerca de R$ 10 milhões a uma empresa chamada Aperon, e foram levantadas suspeitas de como esse dinheiro foi gasto.
Trata-se de uma empresa denunciada pelo deputado Delegado Camargo (Republicanos). Em sessão da Assembleia Legislativa, ele citou que a empresa Aperon foi reativada no dia 30 de maio deste ano e teve posteriores alterações contratuais.
“Me levantou sérias dúvidas, se essas alterações já não foram feitas de caso pensado, para literalmente mamar nos cofres públicos com a realização da Expovel”, citou o deputado Delegado Camargo, na ocasião.
Como é que uma empresa reativada recentemente recebe um volume de dinheiro desses, da Sejucel? Claro que a Polícia está investigando. Seria interessante investigar mais algumas coisas também, para saber se tem mais gente mamando dinheiro público junto com a Aperon.
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