Procurador-geral mexe em vespeiro e deverá andar com seguranças para não tomar um tiro

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Procurador-geral mexe em vespeiro e deverá andar com seguranças para não tomar um tiro

Gastos milionários teriam ocorrido durante viagens do governador Marcos Rocha

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O clima de tensão entre Executivo e Legislativo não existe mais em Rondônia, mas a mudança na Procuradoria Geral do Estado (PGE) começa a trazer à tona fatos estarrecedores, como pagamentos milionários que teriam ocorrido durante viagens do governador Marcos Rocha (União Brasil). Alguns desses contratos teriam chegado às mãos novo procurador-geral Thiago Denger Queiroz, que teria sido aconselhado a andar com seguranças, pois a situação estaria perigosa. Ele tomou posse nesta quarta-feira (2).

Um dos pagamentos, entre R$ 15 milhões e R$ 20 milhões, feito durante um período em que o governador estaria viajando, não tem sequer a assinatura de Marcos Rocha. Trata-se de uma obra que não foi executada, mas o pagamento teria sido autorizado na PGE devido à modalidade de contrato.

Um outro pagamento de R$ 6 milhões teria sido efetuado a um empresário que era de Ji-Paraná, mas se mudou para Vilhena. Ele deve R$ 6,8 milhões ao governo, existindo uma ação judicial. Deveria ter ocorrido um encontro de contas, mas o empresário acabou recebendo o dinheiro e não pagou o que deve.

Na Assembleia Legislativa, o grupo de deputados que aceitou explicar ao blog o que está acontecendo, contou que esse outro pagamento irregular também aconteceu durante uma viagem do governador.

Os parlamentares disseram já ter havido rumores de que algo assim poderia estar acontecendo, mas ninguém tinha certeza. Eles adiantaram que Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Ministério Público do Estado (MPE) certamente entrarão em ação e exigirão o ressarcimento dos valores aos envolvidos.

Os deputados afirmaram que o governador Marcos Rocha não assinou autorização para nenhuma das despesas consideradas irregulares, e deve estar estarrecido com os acontecimentos.

A mudança na PGE aconteceu durante o fogo cruzado entre o Executivo e o Legislativo, com deputados pedindo a cabeça de alguns secretários devido à possibilidade de o pagamento de servidores atrasar por inércia de algumas Secretarias de Estado.

No âmbito do próprio governo houve uma tentativa de culpar a secretária da Sepog, Beatriz Basílio Mendes, apesar de ela ter avisado aos demais secretários que deveriam providenciar os pedidos de remanejamento de recursos, para que as Mensagens fossem enviadas à Assembleia Legislativa pela Casa Civil.

As Secretarias de Estado que atenderam a orientação da secretária da Sepog não tiveram problema algum, mas o salário só não atrasou porque deputados voltaram do interior na última sexta-feira para realizar uma sessão ordinária e aprovar os remanejamentos dos secretários retardatários.

Na sessão, deputados mostraram descontentamento devido à falta de controle verificada no Executivo quando o governador Marcos Rocha viaja. A crise tinha sido acentuada quando secretários pararam de atender parlamentares por determinação da Casa Civil. Agora o relacionamento está bom.

No CPA, agora, só se fala em economia, principalmente na Sesau e na Seduc, secretarias fortemente ligadas à Casa Civil.

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