Polícia instaura inquérito e intima candidata Dioneida, que concorre à eleição no Sintero pela chapa 2

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Polícia instaura inquérito e intima candidata Dioneida, que concorre à eleição no Sintero pela chapa 2

Advogado que acompanha a oposição anda de carro blindado, tem medida protetiva na Polícia e disse esperar prisões preventivas

Candidatos da chapa 2 são acusados de usar estrutura do sindicato na campanha e de ameaçar técnicos educacionais

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A 1ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Velho abriu inquérito para apurar suposta prática de estelionato e também supostas ameaças feitas por integrantes da chapa 2, que concorrem à eleição da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Rondônia (Sintero), que acontece no dia primeiro de novembro.

A chapa 2 é formada por membros do grupo que comanda o Sintero há mais de 30 anos. A Polícia já expediu intimação aos professores Dioneida Castoldi e José Augusto Neto.

Dioneida atualmente é vice-presidente do Sintero, e também é candidata a presidente pela chapa 2. José Augusto é o atual secretário de Organização Sindical do Sintero, e também concorre na chapa 2, novamente a secretário de Organização.

A confusão começou quando diretores do Sindicato dos Técnicos Administrativos Educacionais (Sintae) registraram Boletim de Ocorrência na Polícia, denunciando que receberam das mãos de Dioneida quatro requisições de abastecimento para que fossem a Guajará-Mirim buscar documentação de outros professores que integram a chapa 2.

No caso, a estrutura do Sintero estaria sendo usada para tentar eleger a chapa 2. Por terem registrado o Boletim de Ocorrência, o presidente do Sintae, Harlon Regis Barbosa de Sa, e os técnicos Jozué Sousa Abreu Domingues e Joabson Leite Teixeira teriam sido ameaçados por José Augusto Neto através de mensagem no aplicativo WhatsApp. Por conta disso eles registraram mais um BO.

Depois disso começou a vir à tona que a comissão eleitoral teria sido nomeada pela atual diretoria, por isso estaria sob suspeição. Isso aconteceu quando a comissão foi informada do uso de dinheiro do Sintero para campanha da chapa 2, mas a denúncia teria sido ignorada.

Veio à tona um suposto plano para uma eventual tentativa de fraude nas eleições, com suposto aparecimento de urnas fantasmas. E também atitudes da atual diretoria, como um empréstimo de R$ 6 milhões para pagar dívidas, apesar de a arrecadação do Sintero ser muito alta.

Além disso reapareceram as denúncias de sempre, como prestação de contas aparentemente duvidosas. O presidente do Sintae encaminhou ao Sintero documentos pedindo explicações sobre os gastos do sindicato, mas a atual diretoria teria apresentado informações insatisfatórias, sem os dados das empresas que fornecem bens e prestam serviços, sem descrever o patrimônio nem explicar quais são as dívidas.

A coisa esquentou tanto que o advogado que acompanha a oposição ao grupo que comanda o Sintero há décadas está andando em um carro blindado e pediu proteção à Polícia. Com a instauração do inquérito a chapa 1, de oposição, também solicitou que a Polícia acompanhe a votação para evitar um suposto plano de fraude no certame.

O advogado afirmou que, devido à instauração do inquérito policial, espera-se que aconteçam prisões preventivas por esses dias, para não atrapalhar o andamento das investigações. Ele citou existir muita coisa em jogo, levando em conta que a diretoria do Sintero movimenta milhões de reais todos os anos, e aparentemente o grupo que está no poder não estaria prestando contas corretamente.

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