Mariana, Marcelo, Vinicius, Cristiane, Léo e Máximo na partida de xadrez que tem como prêmio uma prefeitura

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Mariana, Marcelo, Vinicius, Cristiane, Léo e Máximo na partida de xadrez que tem como prêmio uma prefeitura

A maior incógnita do jogo é Fernando Máximo, pois uma investigação da PF poderá colocar seu rei em xeque

As peças do xadrez político estão sendo posicionadas no tabuleiro que será a eleição municipal

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No jogo político as peças de xadrez começam a ser estrategicamente movimentadas no tabuleiro, por conta das eleições municipais do próximo ano. No caso dos maiores colégios eleitorais, como Porto Velho, está em jogo não apenas a prefeitura, mas também um importantíssimo palanque para as eleições de 2026.

Ter o apoio do próximo prefeito da capital pode ser decisivo para qualquer pretenso candidato a governador. A partida de xadrez que será jogada em 2024, portanto, é uma prévia de outra bem maior, onde há interesses de muitos grupos políticos. Estamos falando de um torneio municipal que influenciará o campeonato estadual.

Máximo

Não há como falar no xadrez sem citar o deputado federal Fernando Máximo (União Brasil-RO). A Polícia Federal investiga minuciosamente a estabanada compra de kits de teste rápido durante a pandemia, quando ele era secretário da Saúde. Na ocasião da compra uma conhecida colunista saiu das páginas sociais e foi para as páginas policiais. Foi presa. Há quem diga que nessa movimentação de peças o rei do deputado poderá ficar em xeque, com os resultados da Operação Polígrafo.

Uma fonte disse ao blog que o deputado teria dito que a investigação perdeu o objeto porque os kits foram entregues, mas é difícil acreditar que ele tenha dito isso. Não estamos falando somente no suposto superfaturamento dos kits e de outras supostas irregularidades. Estamos falando de quem perdeu a vida por causa da doença, enquanto não havia kits para o exame. Fernando é médico e sabe que não dá para ressuscitar essas pessoas, por isso ele não diria que a investigação perdeu o objeto. Os kits chegaram, mas ninguém “desmorreu”.

Fernando Máximo é um candidato forte, devido à sua expressiva votação na candidatura a deputado federal, quando ninguém falava em suposta roubalheira na secretaria que ele comandava. Acontece que agora ele pode acabar disputando uma partida de xadrez difícil, pois não se conhece a estratégia do jogo da PF. Em uma campanha, um xeque desses o deixará em uma situação muito complicada, mesmo que não seja xeque-mate.

Mariana

A ex-deputada federal Mariana Carvalho é uma excelente jogadora, e também é pré-candidata nesse xadrez político. O técnico dela é o prefeito Hildon Chaves, que a está ajudando a posicionar as peças. Nesse jogo é fundamental ter um bom ataque, mas também é preciso ter uma boa defesa.

Ao contrário do enxadrista Fernando Máximo, a defesa de Mariana é muito boa. Explica-se: para que o adversário possa ter sucesso em um ataque é necessário que o jogador abra brechas na movimentação das peças no tabuleiro. O que, propriamente, se dirá de Mariana Carvalho em uma campanha?

Ela está movimentando corretamente suas peças, e aparentemente conta com muita gente para a apoiar em uma campanha. E em uma eleição, nunca subestime os peões. É preciso lembrar que, ao chegar na oitava e última casa do tabuleiro, um peão pode se transformar em uma dama. Cada peão, portanto, influencia.

Vinicius

O advogado Vinicius Miguel posicionou corretamente sua dama, a peça mais importante no tabuleiro, após o rei. A dama na verdade é um general. Ele agora é o presidente do PSB e também é pré-candidato da frente de esquerda. Sua defesa também está muito bem estruturada. Como o atacar com fundamento em uma campanha, portanto?

Aparentemente a frente de esquerda será mantida, principalmente porque a ex-senadora Fátima Cleide (PT) teria decidido se candidatar a vereadora, recomeçando sua trajetória política. Isso abriu um gigantesco corredor na diagonal do tabuleiro, onde Vinicius posicionou seu bispo. Uma frente unida pode lhe proporcionar logo de cara o apoio de 20% do eleitorado.

Acontece que Vinicius Miguel não tem aceitação somente na frente de esquerda. Ele é bem visto na direita. Nessa movimentação das peças ele tem condições de conseguir os votos necessários para chegar no segundo turno. Já o segundo turno é outra eleição.

Léo Moraes

O ex-deputado federal Léo Moraes parece ter sido colocado para escanteio, mas ele está treinando bastante e certamente participará do torneio de xadrez político do próximo ano. Léo também começou a posicionar suas peças, visando obter apoio para a campanha e se prepara para deixar o Detran.

Defenestrado do governo, Oscar Netto saiu em busca de apoio para Léo Moraes, e já teria tratado com duas empresas da área de comunicação. A branquinha com quem ele já teria acertado um pré-contrato é gente boa, e deverá sondar os outros enxadristas para procurar brechas na defesa deles.

Duro é Léo deixar o Oscar tomar conta dessas coisas, devido à relativa dificuldade dele em dizer algo que todos acreditem. Isso acontece porque Léo Moraes não consegue cuidar pessoalmente de algumas coisas por enquanto, pois está preso no Detran, mas ele é um estrategista, e tem condições de administrar bem uma campanha, ou uma partida de xadrez político.

Cristiane

A deputada federal Cristiane Lopes (União Brasil-RO) já mostrou ser uma excelente jogadora, ao disputar o segundo turno das últimas eleições municipais. Na ocasião, tentaram colar a imagem dela em Ivo Cassol durante a campanha, mas isso não a prejudicou, pois o ex-governador é bem visto por muita gente em Porto Velho.

No momento Cristiane não tem falado em uma pré-candidatura à prefeitura, pois se mantém na base de Marcos Rocha (União Brasil). Quando o governador anunciou apoio a Mariana Carvalho, Cristiane Lopes ficou quieta, mas isso não quer dizer que ela tenha desistido de concorrer no próximo ano.

A grande dificuldade em disputar uma prefeitura como a de Porto Velho é a estrutura necessária para vencer a eleição. O momento, para Cristiane, é o de posicionar as peças no tabuleiro. Se estiver com uma boa estratégia de jogo, ela consegue a estrutura para concorrer.

Marcelo Cruz

O presidente da Assembleia Legislativa, Marcelo Cruz (Patriota), foi deixado para o final justamente porque ele tem evitado falar em disputar a prefeitura. O caso é que ele pode deixar tudo para a última hora, e por enquanto ficar apenas acompanhando os acontecimentos.

Que ninguém duvide da sua capacidade para mobilizar muita gente para participar de uma campanha, por isso ele pode ficar sem se movimentar, aparentemente. Uma grande estrutura já está à sua disposição. Devido ao cargo que ocupa, suas peças já estão posicionadas no tabuleiro.

Ou vocês pensaram que o xadrez político é igual ao convencional, onde a movimentação começa somente quando o cronômetro é acionado? Os pré-candidatos já estão posicionando as peças, mas mostrarão o jogo quando começar a campanha, que é o cronômetro da eleição. Marcelo está no jogo, portanto.

COMMENTS

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    Servilio Patrício 7 meses ago

    Temos que tentar escolher (votar) no menos ruim, a escolha não vai ser fácil, temos que ter consciência política coletiva

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