Quando é desmascarada a acusada chora, alega estar depressiva e diz que vai se matar
A Polícia Civil em Rondônia apura possível esquema envolvendo venda de passagens aéreas. A acusada de liderar a suposta fraude já foi denunciada em pelo menos seis ocorrências. É Bárbara Rinessa da Silva Fernandes. Recentemente ela residia na Zona Sul de Porto Velho, mas mudou-se para João Pessoa (PB), uma das capitais do turismo brasileiro. Em João Pessoa, a acusada esconde o endereço a sete chaves. Mesmo morando em João Pessoa, fornece como seu endereço uma casa abandonada na capital de Rondônia.
De acordo com as vítimas, Bárbara não age sozinha. A maioria das vítimas chegou a Bárbara por indicação de uma conhecida dançarina que residia em Porto Velho. Ela recebia comissão para indicar clientes para Bárbara. Morando em João Pessoa, Bárbara tem um motorista de aplicativo que empresta a máquina para as vítimas passarem o cartão em Porto Velho. O motorista de aplicativo alega que foi usado na fraude e também registrou ocorrência contra Bárbara. Em meio às conversas, Bárbara passa a usar a conta de terceiros para receber as transferências.
Ainda conforme relatos nas ocorrências, para persuadir as vítimas, Bárbara diz ter um irmão médico e um advogado. A lista de argumentos é gigantesca. E quando é cobrada pelas vítimas, diz sofrer de depressão e até ameaça se matar. Dezenas de áudios e conversas em aplicativos de mensagens mostrados pelas vítimas comprovam que Bárbara joga a culpa da não emissão das passagens em outras clientes. Bárbara até teve uma de suas contas cancelada devido às contestações das vítimas.
Para dar veracidade aos golpes, acusada encaminha para as vítimas uma lista de supostos passageiros que ela emitiu bilhetes. Uma das denunciantes relata que fora procurada nas redes sociais por outras vítimas. Há indícios de que a acusada até emitiu alguns bilhetes de ida para algumas viajantes, mas não emitiu a volta, deixando as vítimas desamparadas.
A Polícia Civil já iniciou as investigações. Uma das vítimas será ouvida pela polícia nesta terça-feira, na Unisp no bairro Floresta. A partir daí, a polícia terá ainda mais detalhes sobre as acusações.
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