Crime organizado teria ganho licitação em Rondônia para fornecer marmitex para presídio

Home

Crime organizado teria ganho licitação em Rondônia para fornecer marmitex para presídio

O mesmo grupo também teria recebido uma linha de ônibus da Agero

No caso do fornecimento do marmitex, o objetivo teria sido ter acesso ao presídio, sem obter lucro. No caso da linha de ônibus, seria lavagem de dinheiro

Conversas por WhatsApp e dinheiro não declarado podem colocar fim ao mandato de Bagattoli
Com score de duas lutas e duas derrotas, o senador Marcos Rogério duraria poucos segundos em um round com o governador
Para acabar com a zorra instalada na Câmara de Porto Velho é só levar o presidente de camburão

Informações dão conta de que o Comando Vermelho estaria atuando com força em Rondônia, expulsando moradores da área chamada de Terra Santa, na área rural de Porto Velho, e também colocando empresas para trabalhar na capital. A Polícia está investigando a ação criminosa na área rural do município.

Recentemente uma operação policial em São Paulo desbaratou um esquema do PCC, que envolvia uma empresa de ônibus, com suspeita de participação indireta da prefeitura paulistana. A Operação Fim de Linha constatou que o crime organizado montou uma empresa de ônibus para lavar dinheiro do tráfico, e ainda ganhou da prefeitura concessões de linhas.

Em Rondônia foi apurado que recentemente uma empresa criada há pouco tempo venceu a licitação para entrega de marmitex em um presídio de Porto Velho, oferecendo um preço muito baixo. Depois disso a cozinha teria sido interditada pela prefeitura, mas mesmo assim a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) continuou recebendo normalmente os marmitex.

A empresa seria ligada ao Comando Vermelho, e não teria objetivo de aferir lucro. A intenção seria apenas ter acesso aos presídios. Vale a pena lembrar que recentemente uma empresa de fachada do crime organizado foi utilizada para uma fuga no presídio de Mossoró (RN). Quando o crime organizado entra em presídio não é para ganhar dinheiro. É para ter acesso aos apenados.

Logo que a empresa recém criada em Rondônia começou a fornecer marmitex para um dos presídios em Porto Velho a cozinha industrial da empresa Caleche pegou fogo em Ji-Paraná. Tem gente dizendo que não seria coincidência.

A Sejus, apesar de o preço ser abaixo do normal e de a cozinha da empresa ter sido fechada pela prefeitura de Porto Velho, manteve o contrato com a empresa. Seria interessante se o serviço de inteligência investigasse a empresa, para verificar o que de fato está acontecendo. Preocupante se o crime organizado estiver tendo acesso a um presídio.

Outro ponto é que o crime organizado não pretende somente perder dinheiro com uma empresa. Geralmente é colocada uma outra, para ganhar o que foi perdido em planos para ter acesso a presídios. Em Rondônia existe uma empresa de ônibus que chegou há pouco tempo, mas ganhou uma linha da Agero.

O Tribunal de Contas do Estado está examinando como devem ser feitas as licitações para entrega de linhas, mas mesmo assim a Agero retirou uma linha da antiga Viação Rondônia, uma empresa que estava há muito tempo no estado, com base em denúncias supostamente forjadas, e entregou para a nova empresa.

O blog apurou que essa empresa nova está em nome de um ex-funcionário de uma outra empresa de ônibus. Ele teria dado um golpe na empresa onde trabalhava, e de repente apareceu em Rondônia com diversos ônibus. Os reais proprietários seriam os mesmos da empresa que fornece marmitex para a Sejus.

Aí está um bom material para ser investigado pela inteligência do governo. Qual a razão de a Sejus ter mantido o contrato considerado inexequível, com uma empresa suspeita de estar ligada ao crime organizado. E qual a razão de a Agero ter entregue uma linha para uma empresa suspeita de ser usada para lavagem de dinheiro.

COMMENTS

WORDPRESS: 1
DISQUS: 0