Políticos surfistas pegam ‘onda Bolsonaro’ mas não apresentam resultados para Rondônia

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Políticos surfistas pegam ‘onda Bolsonaro’ mas não apresentam resultados para Rondônia

Quem pegou a onda mas não está apresentado trabalho corre o risco de se afogar nas próximas eleições

Mas também há bons nomes, como o governador Marcos Rocha, que foi reeleito por conta de seu trabalho, e a deputada federal Silvia Cristina, que trabalha agora pelo funcionamento do hospital de reabilitação

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Ondas como o ‘efeito Bolsonaro’ dão corpo a políticos despreparados, mas também trazem novas lideranças dispostas a trabalhar. O problema é que o eleitor de Rondônia tem dificuldades para separar quem é quem, e acaba prejudicando bastante o Estado, elegendo e reelegendo gente que na prática é um zero à esquerda.

Dentro do efeito Bolsonaro aparecem o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) e o senador Jaime Bagattoli (PL-RO), por exemplo.

O senador ainda tem jeito, pois tem apenas um ano de mandato. Não trouxe benefícios para Rondônia e agora o ativista político Caetano Neto lembra que ele possivelmente quebrou o decoro parlamentar, pois legislou em causa própria. O site Rondoniadinâmica mostrou que Bagattoli é sócio do Auto Posto Catarinense, em Vilhena, e também é presidente da Associação dos Proprietários e Arrendatários de Postos de Combustíveis de Rondônia.

Jaime Bagattoli figura como presidente da Associação dos Proprietários de Postos de Combustíveis
O senador também é sócio de um posto de combustível em Vilhena, onde tem domicílio eleitoral

Mesmo assim ele apresentou um projeto de lei para permitir que até 50% das bombas de combustível operem no modelo de autosserviço. Na prática o senador pretende demitir metade dos seus frentistas, e para isso quer aprovar uma lei no Congresso. É onde Caetano Neto afirma que legislar em causa própria é quebra de decoro parlamentar.

Tem também um coronel Chrisóstomo, que durante os inflamados discursos grita mais do que antigos vendedores de leite. Foi secretário de Obras em Porto Velho, mas teve que ser exonerado após cinco meses, pois não apresentava trabalho. É a prova de que o Bolsonarismo deu voz a despreparados.

Mas existem os bons nomes. Tem um outro coronel, o Marcos Rocha (União Brasil), que conseguiu ser reeleito devido ao trabalho apresentado. Também surgiu durante o efeito Bolsonaro, e quando seu nome foi para reavaliação em 2022, foi reeleito.

Tem também a deputada federal Silvia Cristina (PL-RO). Cresceu inicialmente com o efeito Bolsonaro, mas agora continua crescendo devido ao trabalho apresentado. Nesta semana ela se reuniu com o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, para tratar da manutenção do Hospital Dream da Amazônia.

O hospital foi todo equipado com recursos de emenda parlamentar destinado por Silvia Cristina, e agora o atendimento é feito com o dinheiro das emendas dela. Ela conversou com o prefeito para pedir apoio. Hildon Chaves disse que o município dispõe de recursos para atender casos de menor complexidade.

Independente de partido onde estão, políticos devem trabalhar juntos pelo bem da população

Hildon Chaves não está no arco de alianças do PL, mas isso não impede que Silvia Cristina o procure para buscar apoio em algo que ajudará a população. Muitos pacientes já chegaram no Hospital Dream da Amazônia em cadeira de rodas e saíram de lá andando. A deputada federal mostra que não está em seus planos se apossar de um projeto apenas para ganhar votos sozinha. É justamente isso o que a faz ganhar votos. Ela não fica brigando, não fica gritando e nem é dona de hospital. Com esse trabalho, ela cresce.

E tem gente que também tenta surfar na onda Bolsonaro, mas apresenta algumas dificuldades. É o caso do senador Marcos Rogério (PL-RO). Ele foi do PDT, era membro ativo da Juventude Socialista e dizem em tom de ironia que batia continência para Brizola. De repente, quando começou a onda Bolsonaro, Marcos Rogério se descobriu bolsonarista. Há quem diga que na verdade ele seria oportunista. Há alguns anos o ex-deputado federal Léo Moraes citou em um debate essa parte do passado de Marcos Rogério. Dê uma olhada no vídeo abaixo:

Na Assembleia Legislativa tem o deputado Delegado Camargo (Republicanos), que durante praticamente todo o ano de 2023 discursou com um adesivo no peito dizendo “Fora Lula”. Como se Lula fosse se importar com um protesto feito em um Estado onde o número de eleitores pode ser considerado insignificante no cenário nacional. Em qualquer das diversas grandes cidades de São Paulo, por exemplo, há mais eleitores do que em Rondônia.

Lula deve ter perdido muitas noites de sono com o protesto do deputado Camargo

O eleitor de Rondônia precisa abrir os olhos. Ter Bolsonaro como o melhor presidente que já existiu, é uma coisa. Votar em gente que surfa na onda bolsonarista mas que não traz recursos é outra coisa. Isso não é bom para o Estado.

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