Secretaria de Comunicação do governo manda dinheiro pra Nasa

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Secretaria de Comunicação do governo manda dinheiro pra Nasa

Haveria um esquema para pagamento de sites com pouquíssimos acessos, com função de ‘bater’ em determinados secretários do governo. Seria o governo pagando para bater em setores do governo?

Senhora secretária, é preciso ter cuidado com os sites de notícia que a senhora paga. Isso está muito feio

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Você já ouviu falar de um site de notícias chamado Nasa News? Não? É um site de notícias de Rondônia, que recebeu em dezembro R$ 3.609,95 de publicidade institucional. Coisa organizada pela Secretaria de Estado de Comunicação (Secom).

E do Pantaneiro Norte? Você já ouviu falar? Também é um site de notícias de Rondônia. Através da Secom, o Pantaneiro Norte recebeu R$ 3.562,48 relativo ao mês de dezembro.

Esses dois sites são citados neste artigo apenas como exemplo, diante de uma situação muito mais grave. Há casos de sites que praticamente ninguém vê, simplesmente porque dificilmente tem alguma coisa para ver. São sites alimentados com “releases”. Assim são chamadas as matérias institucionais, feitas pelo governo, pela Assembleia Legislativa e pela prefeitura de Porto Velho.

Esses outros sites que praticamente ninguém vê são todos muito parecidos. A aparência que dá é que são do mesmo dono. Os valores repassados para cada um não são muito altos individualmente, mas se somados todos eles, a soma é considerável. A função desses sites? “Bater” em determinados secretários do governo.

Na prática, o governo, através da Secom, paga para que sites inexpressivos “batam” em setores do próprio governo. Quando é assim, links são enviados através de grupos de WhatsApp para ter algum alcance, pois os sites são inexpressivos.

Enquanto isso, sites sérios são deixados de lado. Como exemplo é possível citar dois sites sérios, em meio a muitos: o Folha do Sul e o Extra de Rondônia. Um recebeu pouco mais do R$ 9 mil e o outro quase R$ 13 mil em dezembro. São sites que têm sede própria, têm funcionários, entre eles repórteres, têm despesas altas. São sites atualizados constantemente, mas deixados de lado nessa espécie de esquema implantado na Secom.

Senhora secretária, a senhora precisa prestar mais atenção nos veículos de comunicação que a senhora paga. A senhora sabe que tem gente com mais de um site, mas muito mais mesmo, e site que praticamente ninguém vê, recebendo da Secom? E, pelo que se vê, recebendo para bater em secretários?

Em tempo: o Entrelinhas não é site, e sim blog. Não tem CPNJ e nem recebe dinheiro público.

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