Secretária da Saúde de Cacoal acusada de perseguir grupo que pede apuração de responsabilidade em morte de bebê

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Secretária da Saúde de Cacoal acusada de perseguir grupo que pede apuração de responsabilidade em morte de bebê

Prima do deputado Cássio Gois, secretária Daisy Santana, processa grupo que ajudou bebê prematuro

A mãe levou a bebê três vezes ao Pronto Socorro Infantil, e em todas as vezes ela foi mandada de volta para casa

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A revolta tomou conta das pessoas que estão acompanhando a morte da bebê prematura Ísis Valentina, em Cacoal, porque a secretária Municipal de Saúde, Daisy Bruna Freitas de Santana, estaria perseguindo o Grupo Cacoal da Depressão. A secretária, que é prima do deputado Cássio Gois (PSD), está processando três pessoas do grupo, as mesmas pessoas que coordenaram a arrecadação de dinheiro para o velório e para o translado do corpo da bebê de Ouro Preto do Oeste para Cacoal.

O Grupo Cacoal da Depressão está buscando evidências de que o advogado que representa a prima do deputado Cássio Gois estaria sendo pago com dinheiro público.

O problema começou quando a mãe da bebê levou a pequena Ísis Valentina três vezes ao Pronto Socorro Infantil de Cacoal, e nas três vezes o médico a mandou de volta para casa. Quando o Grupo Cacoal da Depressão ficou sabendo, Lu do Orquidário procurou a secretária Daisy de Santana. De acordo com o que circula em Cacoal, a prima do deputado teria se escondido no banheiro quando viu a confusão.

É claro que o pau quebrou em Cacoal, pois o grupo não deixa barato quando o assunto é sério. Então o prefeito Adailton Fúria (PSD) tratou de enviar a criança para a UTI neonatal de Ouro Preto. Acontece que não foi possível salvar a bebê.

O Grupo Cacoal da Depressão tratou de arrecadar dinheiro para o translado do corpo para Cacoal e também para o velório. Depois disso a única coisa que o grupo cobrou foi providência para os responsáveis, em relação à conduta médica de mandar para casa uma bebê prematura, que estava com problemas de saúde.

No meio disso tudo, o prefeito Adailton Fúria (PSD), que tem sido chamado pelos adversários políticos de “Reizinho de Cacoal”, teria resolvido gravar um vídeo para colocar nas redes sociais, responsabilizando a mãe da bebê pelo ocorrido. Isso mesmo. E por incrível que pareça, em Cacoal muita gente acredita no Fúria.

Lú do Orquidário perdeu a paciência com a atitude do prefeito Fúria. Falou com ele por telefone, explicando que o Grupo Cacoal da Depressão não iria tolerar esse tipo de coisa, pois a mãe levou a bebê três vezes ao Pronto Socorro Infantil e a paciente não recebeu o devido tratamento.

Fúria, então, gravou um depoimento dizendo que o paciente tem direito a uma segunda opinião. Como se orientasse a população a pedir para ser atendido por um outro médico no Pronto Socorro Infantil, se não concordasse com o que o primeiro tinha dito.

É claro que o prefeito foi chamado de muitos nomes feios por conta do que ele disse. Uma tremenda falta de noção, segundo quem conhece o Pronto Socorro Infantil de Cacoal. Ser atendido por um médico já é difícil, como pode ser comprovado pelo caso da bebê Ísis Valentina. E que segundo médico concordaria em dar uma opinião diferente do primeiro, na rede pública?

Aparentemente o prefeito Fúria não quer contrariar o primo da secretária Daisy, o deputado Cassio Gois. Em meio à confusão formada, foi divulgado que Cássio Gois mantém seis parentes dele na prefeitura de Cacoal. O Município parece ter virado um cabide de empregos para o deputado.

Ao que tudo indica a secretária Daisy, a prima do Cássio Gois, teria resolvido calar a boca do povo, processando Lu do Orquidário e mais dois integrantes do Grupo Cacoal da Depressão.

Lu do Orquidário não baixou a cabeça, e o clima esquentou no grupo de WhatsApp Giro de Notícias Cacoal. Ela contou tudo o que aconteceu e disse que, se for condenada, vai prestar serviço comunitário cantando: “A Dayse é incompetente// O senhor não tem vergonha na cara de usar uma secretária para contratar toda sua família// E o prefeito é um mentiroso// E infelizmente vossa excelência engana trouxa// Mas nós não…”.

É interessante uma investigação do Ministério Público, para verificar se o deputado Cássio Gois está mesmo pagando o advogado com dinheiro público, e se há legalidade em manter tantos parentes dele na prefeitura de Cacoal. Também é bom investigar as falhas do sistema de saúde na morte da bebê. Se deixar por conta do prefeito Fúria, pelo jeito vai ficar tudo do jeito que está. Pelo que está sendo visto o cidadão sem noção estava querendo culpar a mãe do bebê pela morte.

Por essas e outras muita gente diz que em Cacoal o mundo não gira, capota. Em vez de a prima do Cássio Gois estar respondendo a um inquérito, ela é quem processa o grupo que tentou salvar a vida da bebê. Os desaforos que Cássio Gois e a prima dele estão ouvindo é coisa mínima em comparação à morte da bebê. Segundo Lu do Orquidário, o povo se cala com trabalho, não com processo.

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