Se Lebrinha mantiver os gastos de junho com saúde, consumirá mais R$ 430 mil neste mandato

A deputada Gislaine Lebrinha (União Brasil) apresentou em junho três notas fiscais de gastos com saúde. Uma de R$ 140,00, outra de R$ 557,00 e mais uma de R$ 10.400,00. O total é R$ 11.097,00. Os parlamentares não recebem auxílio saúde. Em vez disso eles apresentam as notas fiscais do que foi gasto e são ressarcidos através da verba indenizatória.

Esse sistema foi adotado porque é de supor que alguém capaz de arcar com as despesas de uma campanha eleitoral tenha condições de pagar por um plano de saúde. Ser ressarcido através de verba indenizatória é, portanto, uma segurança a mais para o deputado.

No caso da deputada Lebrinha, com os gastos ultrapassando R$ 11 mil em junho, é mais negócio a Assembleia pagar um plano de saúde para ela. Ficará mais em conta para o contribuinte.

Nos comprovantes de despesas não está especificado com o que a deputada Lebrinha gastou o dinheiro. Se ela mantiver um gasto médio de R$ 10 mil por mês, um pouco menos do valor gasto em junho, nos 43 meses de mandato que ainda lhe restam a parlamentar gastará mais R$ 430 mil.

Lebrinha também gastou com aluguel de veículos, em junho, R$ 28.470,00. Esse valor, multiplicado pelos 43 meses de mandato que ela ainda tem, dá o total de R$ 1.224.210,00. Lebrinha será deputada até o final de janeiro de 2026.

Os gastos com combustíveis também são impressionantes. Somente nos primeiros meses do ano Lebrinha recebeu de volta R$ 54.460,80 em gastos com combustível. Com o preço que estava o diesel, 4,99 nos postos Mariana e Paiol, em Porto Velho, seria possível comprar 10.913,988 litros. A uma média de 10,5 quilômetros por litro, considerado que as caminhonetes rodam mais na estrada do que na cidade, é possível percorrer 114.596,975 quilômetros. Para dar a volta ao mundo são 40 mil quilômetros.

Isso quer dizer que a deputada Lebrinha já gastou em combustível o suficiente para dar a volta ao mundo quase três vezes, isso porque, aparentemente, não está bem de saúde. Se estivesse 100% ninguém a seguraria.