Nos bastidores há os que falam em pedir a Camargo que, se não tem nenhum projeto para ajudar, que pelo menos não atrapalhe
Atitudes do deputado Delegado Camargo (Republicanos) estão repercutindo negativamente. Duas dessas atitudes aconteceram na sessão da Assembleia Legislativa na Rondônia Rural Show, na última semana, em Ji-Paraná.
Camargo pediu vistas ao projeto de lei que previa R$ 26 milhões para a cultura, travando o dinheiro, impedindo que fossem contemplados, por exemplo, os bois-bumbás de Guajará-Mirim. O dinheiro é do governo federal, sem um centavo do governo de Rondônia.
E Camargo também se recusou a votar um projeto de lei de mais de R$ 120 milhões, sendo que, desse dinheiro, quase R$ 7 milhões são para a Polícia Civil e R$ 15 milhões para a Polícia Militar.
No perfil da Associação dos Praças e Familiares da PM e BM (Assfapom) foi citado pelo presidente, Jesuíno Boabaid, o trecho de um artigo dizendo que “um deputado delegado já está sendo considerado inimigo das forças de segurança”.
Jesuíno cita que “pedir vistas de um projeto que trata sobre o Orçamento de forças de segurança, que já vivem com uma situação complicada orçamentária, é prejudicar os mesmos de forma indireta, como já tentou por várias vezes em seu mandato fraco e sem expressão nenhuma”.
Na Polícia Civil as reclamações contra Rodrigo Camargo também não são poucas. Já há quem defenda uma conversa com o deputado delegado, para lhe pedir que pelo menos não atrapalhe, já que não apresentou nenhum projeto significativo que possa ajudar a categoria.
Comparação
É inevitável comparar Rodrigo Camargo com o deputado Ribeiro do Sinpol (PRD), devido à atuação dos dois. Ao contrário do deputado Camargo, Ribeiro trabalhou para que policiais civis tivessem uma progressão salarial decente.
Camargo se colocou como oposição, o que é algo necessário. Mas na visão de analistas políticos, quando atrapalha categorias como Polícia Militar e Polícia Civil, não está indo contra o governador Marcos Rocha, mas sim contra duas instituições indispensáveis para a segurança pública.
O deputado Camargo ficou sem trânsito para tentar conversar com setores do governo para tratar de reajuste salarial para sua própria categoria. Assim como está sem trânsito para pedir algo concreto para a segurança. Quem pediu para que o percentual de reajuste fosse maior, foi Ribeiro.
Dentro da Polícia Civil, Camargo perde espaço e Ribeiro cresce, com essa situação. E pensar que Camargo tinha tudo para desenvolver melhor seu mandato, sem essa pecha de inimigo das forças de segurança.
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