Laerte Gomes afirma que nunca foi dado um aumento salarial desse nível para as forças de segurança
O deputado Ribeiro do Sinpol (Patriota) foi o relator do projeto de lei do Plano de Cargos, Carreira e Salários da Polícia Civil, na sessão que se estendeu pela noite de quarta-feira (13). Ele explicou que não seria possível agradar a todos os integrantes das forças de segurança, pois não havia dinheiro para isso, mas assegurou que a situação melhorou muito, e em diversos casos o valor dos salários dobrou.
De acordo com Ribeiro do Sinpol, a luta por melhores condições de trabalho prosseguirá, mas é preciso reconhecer que a despesa do governo no próximo ano com os salários do pessoal das forças de segurança ficará próximo de R$ 1 bilhão em 2024.
A situação ficou tensa antes da votação dos projetos aumentando os salários, com os deputados Luizinho Goebel e Dra Taíssa, ambos do PSC, dizendo que iriam pedir vistas aos projetos. Se isso acontecesse, no próximo ano não haveria aumento para policiais civis e militares, bombeiros militares, policiais penais, socioeducadores e demais servidores da Sejus e Politec.
O imbróglio demorou a ser contornado. Posteriormente Luizinho explicou que não concordava com o pouco tempo para que os projetos fossem apreciados pelos deputados.
Enquanto os deputados estavam reunidos, com a sessão suspensa, a agitação tomou conta das galerias. Houve uma discussão ácida entre o deputado Delegado Camargo (Republicanos) e o suplente de deputado Jesuíno Boabaid. Jesuíno comanda a Assfapom, a mais combativa associação de familiares e praças da PM.
Nas redes sociais circulou um vídeo somente com uma parte da discussão, onde Delegado Camargo afirma que não quer conversar com Jesuíno. O parlamentar assegurou que Jesuíno conhecia a tabela (antes que fosse encaminhada para a Assembleia Legislativa).
No vídeo não aparece a resposta de Jesuíno, que partiu para cima do deputado, chamando-o de mentiroso. “Se eu conhecesse a tabela eu faria que nem o deputado Ribeiro do Sinpol. Chamaria para conversar”, disse Jesuíno ao blog, mais tarde.
Veja como ficou a tabela de salários da Polícia Civil:
Veja o quadro do pessoal da Politec:
Quando chegou o momento de votar o PCCS da Polícia Militar, Delegado Camargo exerceu muito bem o papel de oposição, explicando que o aumento não era o esperado. Praças e cabos não receberam mesmo um reajuste salarial significativo.
O líder do governo, deputado Laerte Gomes (PSD), explicou que o aumento aconteceu dentro do que foi possível, e que antes os salários dos integrantes das forças de segurança estavam entre os piores do Brasil, mas agora passam a ficar entre os melhores. O parlamentar afirmou que nunca foi dado um aumento desses aos policiais.
Veja a tabela para a Polícia Militar:
No caso dos policiais penais e socioeducadores, novamente o deputado Rodrigo Camargo citou pontos que poderiam ser melhores, apontando a diferença muito pequena entre os níveis de categorias.
O deputado Edevaldo Neves (Patriota), que é policial penal, disse que o aumento salarial que estava sendo concedido estava bom, e que em alguns casos o salário dobraria.
Veja a tabela dos policiais penais:
O deputado Alex Redano destacou a importância de Edevaldo Neves e Ribeiro do Sinpol participarem das negociações com o governo, para que o aumento fosse concedido.
“Assim a Assembleia Legislativa cumpre seu papel. É claro que não é o que muitos esperavam, pois seria necessário um volume muito maior de dinheiro para agradar a todos. Mas temos aí quase R$ 1 bilhão que serão gastos no próximo ano com salários para as forças de segurança”, disse Alex Redano.
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