O médico e o monstro: Fernando Máximo precisa aprender a dominar seu lado Mr Hyde

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O médico e o monstro: Fernando Máximo precisa aprender a dominar seu lado Mr Hyde

Em depoimento à Polícia Federal, quando o delegado perguntou sobre as pessoas que morreram de covid durante o atraso da entrega dos kits de teste rápido, Máximo disse: “Iriam morrer de qualquer forma...”

Agora Máximo defende o projeto que prevê cadeia para vítima de estupro que abortar. Aparentemente o monstro assumiu o controle de Fernando. Será que exorcismo resolve?

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Rondônia parece estar vivenciando fatos retratados no livro “Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde”, escrito por Robert Louis Stevenson em 1886. O livro ficou mais conhecido como “O Médico e o Monstro”, e conta que através de experimentos em seu laboratório, o doutor Jekyll separou os dois lados de sua natureza. Enquanto doutor Jekyll era bom e generoso, mister Hyde era monstruoso.

Naturalmente, cada ser humano tem em si um lado bom e um lado que não é tão bom. Aparentemente Fernando Máximo encontrou a fórmula citada no livro, certamente porque desejava isolar completamente seu lado mister Hyde, para ser um homem somente bom. Mas existe a impressão de que de vez em quando o lado monstro ainda vem à tona. E quanto vem, faz burrada.

Em seu depoimento à Polícia Federal, o delegado perguntou sobre as pessoas que morreram na pandemia de covid-19, durante o atraso da entrega dos kits rápidos. Vale lembrar que os kits foram comprados com um superfaturamento de 40%, segundo a PF. “Iriam morrer de qualquer forma. Não tinha outra… forma de…não existia o teste”, disse Fernando Máximo.

Aparentemente era mister Hyde falando, pois verifica-se a falta de tato com parentes das vítimas, a falta se sensibilidade em relação a mortes que aconteceram sem o diagnóstico oferecidos pelos kits. Ao contrário do que disse Fernando, os testes existiam sim, tanto que a prefeitura de Porto Velho comprou, por um preço menor do que a equipe de Fernando Máximo. Os testes comprados pela prefeitura eram reconhecidos pela Anvisa e chegaram bem mais rápido.

“Iriam morrer de qualquer forma” é algo que o bom doutor Jekyll jamais diria. É coisa de mister Hyde.

Recentemente Fernando Máximo foi ao Rio Grande do Sul e ajudou pessoas vítimas da alagação. Fez a maior propaganda, teve postagem nas redes sociais. Ele fez sua propaganda em cima da tragédia dos outros, mas pelo menos ajudou. Ali, tudo indica que o doutor Jekyll estava no controle. Era o lado bom.

Agora parece que mister Hyde assumiu novamente o domínio, e Fernando Máximo aparece em um vídeo, de touquinha e olhos arregalados, defendendo o projeto de lei que está sendo chamado de Projeto dos Estupradores. O PL prevê cadeia para vítimas de estupro que cometerem abortos. Pena por assassinato vai até 20 anos. Para estupro, vai até dez anos. A vítima de estupro, se abortar, ficará mais tempo presa do que o estuprador.

A situação parece estar muito complicada, não somente para Fernando Máximo, mas para pessoas que são afetadas pelas atitudes dele. Seriam as alternâncias de comportamento, devido à influência hora de doutor Jekyll, hora de mister Hyde. Será que exorcismo resolve?

Na história, doutor Jekyll perde o controle e se transforma definitivamente em mister Hyde. Para o bem de Fernando, o eleitor precisa lhe dar um choque de realidade. Pode ser que assim o monstro desapareça. Que tal deixar esse cara sem mandato, para ele aprender?

Agora, falando sério: criança não é mãe, estuprador não é pai. O professor Herbert Lins abordou o tema recentemente, com palavras duras, mas reais. Esses deputados que aparentemente não têm o que fazer deveriam apresentar leis obrigando o estado a amparar de uma forma bem melhor as vítimas de estupro. Mandar as vítimas para a cadeia é algo cruel e desumano, digna de mister Hyde.

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    […] sentido, o blogentrelinhas adaptou a clássica obra literária ao medico deputado de Rondônia, solidificando a historia de […]

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    […] Ainda sobre a pandemia de Covid, o deputado federal de Rondônia, Fernando Máximo (União Brasil), provou que é bolsonarista raiz. Durante um depoimento à Polícia Federal sobre a compra de insumos para a Secretaria de Saúde de Rondônia, da qual foi secretário, o delegado perguntou sobre as pessoas que morreram de covid durante o atraso da entrega dos kits de teste rápido, Máximo disse: “Iriam morrer de qualquer forma…”. Além de serem entregues com atraso, os kits foram comprados com um superfaturamento de 40%, segundo a PF. As informações são do Blog Entrelinhas. […]

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