No Centro de Ressocialização Jonas Ferreti apenados podem trabalhar, recebem por isso e têm remissão de pena
No Centro de Ressocialização Jonas Ferreti, mais conhecido como Presídio de Buritis, existe um processo de ressocialização e recuperação social. No projeto é utilizada mão de obra de apenados do regime fechado.
Apenados que já cumpriram um sexto da pena são classificados e inseridos no projeto Novo Olhar. Passam a trabalhar, escoltados por policiais penais, em manutenção, limpeza e reparos de escolas públicas, prédios públicos, limpeza de ruas e avenidas, e ainda na pavimentação e recuperação de ruas de Buritis. Dezenas de ruas já foram bloqueteadas por apenados.
O projeto Novo Olhar está ativo desde 2014, e é pioneiro e referência no Brasil. Em Rondônia, já ganhou prêmio como o melhor do estado em boas práticas no trabalho com apenados do regime fechado, tudo sob escolta de policiais penais.
Atualmente o presídio de Buritis conta com oito projetos ativos. Os apenados recebem três quartos de um salário mínimo por mês, e têm direito a remissão de pena. Cada três dias trabalhados correspondem a menos um dia de pena.
O diretor do presídio, Gilmar Santos, explicou que os trabalhos acontecem de segunda a sexta, mas apenados e policiais penais também desenvolvem trabalho voluntário nos finais de semana, em escolas públicas, na Apae e em setores públicos.
Gilmar Santos disse que o serviço é de qualidade, por isso é muito requisitado, e além disso o apenado gosta de trabalhar fora. O programa é acompanhado pela Promotoria de Justiça e pelo juiz de Direito Pedro Sillas.
Na fotografia, o diretor mostra uma parte do trabalho ao juiz Pedro Sillas e ao desembargador José Jorge Ribeiro da Luz. Na ocasião, outros desembargadores de Rondônia e do Acre foram à pequena cidade de Buritis ver o funcionamento do projeto.
Presídios são também chamados de oficinas do capeta, porque o apenado geralmente fica ocioso. Em Buritis, há ressocialização.
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