Exonerações já eram esperadas, pois os cargos são de confiança, mas mesmo assim o borburinho é grande
O novo diretor geral do Detran, Sandro Rocha, já demonstrou que não pretende agradar grupos, mas ao mesmo tempo está aberto ao diálogo. Antes de sua nomeação cerca de 30 assessores nomeados pelo ex-diretor, Léo Moraes, simplesmente deixaram de comparecer ao trabalho. Teve gente que até começou em outro emprego.
Agora, com a folha de ponto publicada, tiveram que voltar ao Detran para dar explicações, pois não tinham sido exonerados. Situação complicada. Talvez, se tivessem continuado trabalhando normalmente, poderiam permanecer no Detran.
Se fosse agir com dureza, Sandro Rocha poderia simplesmente ter aberto um processo administrativo, mas decidiu ouvir o pessoal para não prejudicar ninguém. Acabou ganhando pontos com isso.
Depois de começar a tomar pé da situação, Sandro Rocha começou as exonerações. Algumas delas foram de gente indicada pela Casa Civil. Impossível saber se o novo diretor tinha conhecimento disso ou não.
Em se tratando de exonerações, tem um porém: o diretor do Detran sempre precisa do apoio de deputados, e alguns deles têm indicações no Detran.
Sandro Rocha pode exonerar indicações dos deputados, se quiser. E também pode compor com esses deputados, se quiser.
Tem coisa que dependerá dele. Carta branca, já está claro que ele tem.
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