‘Iriam morrer de qualquer forma’, diz friamente Fernando Máximo em depoimento à PF

Home

‘Iriam morrer de qualquer forma’, diz friamente Fernando Máximo em depoimento à PF

O deputado federal teve que depor no inquérito sobre a investigação do superfaturamento e atraso dos kits de teste rápido durante a pandemia. O médico e o monstro?

Fernando Máximo é um dos políticos preferido do prefeito de Alta Floresta, Gio Damo. Diga-me com quem andas e eu te direi quem és

Ribeiro do Sinpol, relator do aumento para a Polícia Civil, explica que gastos com salários serão de quase R$ 1 bilhão em 2024
Dr. Frankenstein, os zumbis políticos e os recém transformados assombram as eleições em Porto Velho e São Miguel
Gravação de conversa telefônica mostra suposto gigantesco esquema de corrupção na Sesau

O depoimento do deputado federal Fernando Máximo à Polícia Federal é marcado pela frieza. “Iriam morrer de qualquer forma”, diz ele, ao defender a empresa que vendeu kits de teste rápido do covid superfaturados durante a pandemia.

Fernando diz que não está defendendo a empresa no depoimento, mas a defesa está clara. O deputado federal diz que o atraso aconteceu porque não existiam kits no mundo. É mentira. A prefeitura de Porto Velho comprou os kits, mais baratos, reconhecidos pela Anvisa, e eles chegaram mais rápido.

Quando o delegado pergunta sobre os pacientes que morreram durante o atraso na chegada dos kits comprado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) quando Fernando Máximo era o secretário, a resposta é chocante: “Iriam morrer de qualquer forma”.

Em outros vídeos, o delegado explica a Fernando Máximo que os kits de teste rápido registrados na Anvisa existiam sim, e alguns custavam bem mais baratos do que o médico pagou. A Sesau pagou mais de 100 reais em cada teste, com a desculpa de que seriam entregues imediatamente. A prefeitura de Porto Velho pagou 79 reais em cada um, e eles chegaram bem mais depressa.

Nota fiscal mostra que a prefeitura da capital pagou bem menos pelos kits

É interessante ter acesso aos vídeos com outros trechos do depoimento, para ver as expressões abestalhadas no rosto de Fernando Máximo, diante do que o delegado dizia, sobre um suposto esquema feito na Sesau no período em que ele era o secretário. Quando o delegado fala de suposto pedido de 10% do valor para ser pago de propina, então, Fernandinho arregala os olhos. Olhem em artigos anteriores no blog, que tem.

Fernando Máximo andou sumido de Porto Velho devido às pauladas que levou, quando vídeos com trechos do depoimento dele à PF começaram a ser divulgados, mas agora ele reaparece, e em Alta Floresta do Oeste, como um dos políticos preferidos do prefeito Giovan Damo (União Brasil), mais conhecido pela alcunha de Gio Damo.

A estratégia não parece nada boa, porque a imagem de Fernando Máximo anda arranhada por conta de supostos esquemas nebulosos. E vocês acham que essa é a única investigação envolvendo o deputado federal, devido ao uso de dinheiro publico durante a pandemia? Kkkkkkkkkkkkk. Não é.

Pios é, Gio Damo. Diga-me com quem andas que eu te direi quem és.

COMMENTS

WORDPRESS: 2
  • comment-avatar
    João Silva 2 semanas ago

    Mas quando o município de Porto Velho recebeu? Aí só consta a data do empenho. Quantos recebeu?
    Quando a Sesau recebeu os testes? Apesar das denúncias de suposto esquema, dizem que a empresa até hoje não recebeu um real pelos testes vendidos

    • comment-avatar

      A prefeitura de Porto Velho comprou dez mil testes. Chegaram bem mais rápido do que os testes adquiridos pela Sesau, apesar de a empresa que vendeu para a prefeitura não ter assegurado que entregaria imediatamente. Devido à investigação, o dinheiro desses kits de teste rápido ainda está bloqueado. Teve prisão de quando o escândalo estourou.

DISQUS: 0