Secretários ligados ao ex-chefe da Casa Civil serão todos exonerados. Júnior Gonçalves foi ao CPA ontem, mas seu nome não constava mais no SEI
Denúncia de assédio moral foi protocolada nesta semana contra a secretária executiva da Educação, no Tribunal de Contas da União (TCU) e no Ministério Público do Trabalho (MPT). Seriam ameaças e intimidações a servidores comissionados, que são obrigados a trabalhar oito horas por dia. A mulher se valeria da condição de esposa de um figurão do Tribunal de Contas do Estado para pisar nos demais servidores.
Independente da denúncia, o que estaria acontecendo na Secretaria de Estado da Educação (Seduc) deverá acabar. A secretária da Educação e a secretária executiva são indicação do ex-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves, e segundo apurou o blog Entrelinhas serão exoneradas, juntamente com outros secretários.
De acordo com o que circula nos bastidores políticos, a secretária executiva manda mais do que a própria secretária. É ela quem compra, é ela quem decide, é ela quem dá as ordens. O governador Marcos Rocha decidiu dar um basta em situações assim, e também resolveu imprimir uma nova dinâmica ao governo como um todo.
Na última terça-feira (11), Junior Gonçalves foi até a Casa Civil, buscar suas coisas. Sua entrada não estava mais autorizada na portaria. Ele teve que ser escoltado por policiais militares. A conversa é que tinham ordem para acompanhá-lo a todo momento. Ele também não conseguiu acessar o Sistema Eletrônico de Informações (SEI), pois não está mais cadastrado. E já teria sido dada a ordem para que todo o primeiro escalão indicado por Júnior Gonçalves seja exonerado no governo.
Na prática, o governador Marcos Rocha tomou completamente as rédeas tanto da administração quanto da articulação política. Agora ele não divide o poder com mais ninguém. Para um administrador público é impossível saber detalhes de acontecimentos, mas agora o governador resolveu saber de tudo o que está acontecendo. Ele estaria sendo informado dos mínimos detalhes envolvendo as secretarias mais importantes, como por exemplo o que acontece na Seduc.
Na Assembleia Legislativa, o líder passará a ser o deputado Jean Oliveira, e o vice-líder será o deputado Ribeiro do Sinpol (PRTB). De cara os dois têm a missão de, na sessão da tarde desta quarta-feira (12), aprovar a derrubada de vetos que o governador fez a emendas apresentadas ao Orçamento deste ano.
O governador vetou emendas apresentadas ao Orçamento, mas não poderia deixar que os vetos fossem apreciados antes de tomar medidas dentro do próprio governo e também em selar a paz com a Assembleia Legislativa. Se não agisse assim, os deputados derrubariam os vetos.
Deputados consideram a atitude do governador corajosa e acertada. De acordo com o que se ouve nos corredores da Casa de Leis, Marcos Rocha cresce com as medidas. De acordo com os rumores, nessas mudanças o deputado Ribeiro indica o próximo chefe da Casa Civil. Ocorre que, sendo assim, as atribuições que hoje estão na Casa Civil voltam para a Governadoria. No caso, a articulação política do governo.
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