O futuro chefe da Casa Civil precisará ter cuidado com o que fala e para quem fala
Um áudio encaminhado ao governador Marcos Rocha (União Brasil) teria sido a gota d’água que resultou na exoneração do ex-chefe da Casa Civil, Júnior Gonçalves. As coisas não andavam tão boas, mas Júnior ainda estava se segurando no cargo, até que uma gravação teria sido entregue ao governador, que não teve outra opção.
Na gravação, o ex-chefe da Casa Civil conversa com um deputado, sem saber que estava sendo gravado. Júnior Gonçalves teria se soltado na conversa, e afirmado que o governador não teria coragem de exonerá-lo.
A conversa não foi tão curta, e o deputado conseguiu extrair mais coisas de Júnior Gonçalves. O ex-chefe da Casa Civil teria dito que o governador não iria tirá-lo do cargo, pois lhe devia a reeleição.
Até aí, até que seria possível o governador não exonerar Júnior Gonçalves. Poderia vir a público e mostrar que não precisa do chefe da Casa Civil, e que tem condições de se manter muito bem politicamente sem ajuda de ninguém, como está fazendo há semanas.
Acontece que o deputado foi paciente e conseguiu gravar mais coisas. Júnior Gonçalves, aparentemente acreditando que a conversa ficaria entre ele e o deputado, teria dito palavras ofensivas em relação ao governador.
Aí, não teve jeito. Devido ao teor da conversa, a única alternativa para o governador Marcos Rocha foi a exoneração. Aí não entrou mais amizade ou gratidão, porque o áudio ficou muito forte. Algo deveria ser feito.
Após a confusão, o deputado conseguiu uma posição importante na Assembleia. O governador assumiu toda a articulação política, e sem ajuda vem tratando pessoalmente com os deputados.
O futuro chefe da Casa Civil precisará tomar cuidado sobre o que fala, e com quem fala.
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