Para a sorte do ex-prefeito, ele não viveu na idade média, quando não havia prescrição de pena para quem desviava dinheiro público
O ex-prefeito de Apuí, Antônio Roque Longo, tenta escapar da condenação da pena por improbidade administrativa alegando que houve prescrição para os acontecimentos. O Ministério Público Federal protocolou na Justiça Federal, no dia 15 de janeiro de 2018, a ação nº 1000110-87.2018.4.01.3200, contra Antônio Roque Longo e mais outras cinco pessoas, servidores do INSS.
Antônio Roque Longo tem sorte em viver nos tempos atuais, e não na era medieval, quando não existia prescrição para quem desviava dinheiro público. Adivinhem o que acontecia?
De acordo com o procurador federal, foi instaurado inquérito policial de nº 687/2004, para investigar delitos dos envolvidos na restituição de contribuições previdenciárias de forma indevida ao município de Apuí, sendo a investigação um desdobramento da “Operação Matusalém”.
Matéria sobre a operação foi divulgada pelo jornal Folha de São Paulo. Veja o link:
https://www1.folha.uol.com.br/fsp/brasil/fc1604200405.htm
O procurador federal alega que a prática criminosa de restituição indevida das contribuições previdenciárias causou dano ao erário federal de R$ 815.688,81.
O Ministério Público Federal acusa o ex-prefeito da época dos fatos, Antônio Roque Longo, de ser um dos responsáveis diretos por causar dano ao erário federal, tendo contribuído com tais atos.
Em sua defesa nos autos o ex-prefeito alegou que não poderia mais ser condenado por atos de improbidade, pois os fatos narrados já estariam prescritos, motivo este que a defesa de Longo pede para arquivar a denúncia e não ser analisado o mérito da questão.
O processo que acusa Roque Longo de participar de um esquema fraudulento e criminoso ainda não teve um desfecho final, pois é um desdobramento da Operação Matusalém, ação principal que teve condenações pela prática delitiva. Um dos acusados foi condenado a 19 anos de prisão.
COMMENTS