Ele honra o apelido: Acusado de espancar a ex-esposa, Fera escapa fedendo de condenação judicial

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Ele honra o apelido: Acusado de espancar a ex-esposa, Fera escapa fedendo de condenação judicial

O exame de corpo de delito comprovou a agressão. Uma das testemunhas contou que ele constantemente chamava a mulher de p#t#, v#g#b#nd# e b#rr#, enquanto ela gritava por socorro

Exiguidade de tempo, acúmulo de serviço e número reduzido de servidores na delegacia. Essas foram as explicações dadas oficialmente para a suposta demora da remessa ao Judiciário

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Nesta semana estourou o escândalo que já vinha sendo falado há algum tempo em Ariquemes: a acusação de que o ex-vereador Rafael é o Fera agredia constantemente a ex-esposa. A última delas foi quando o casal já havia se separado. De acordo com o boletim de ocorrência policial, na última surra ele a agrediu com socos e empurrões.

No Boletim de Ocorrência Policial a ex-esposa conta que Rafael é o Fera já a tinha agredido diversas vezes, mas ela não havia procurado a Polícia. Acontece que após as agressões se tornaram frequentes a mulher decidiu se separar. Pelo jeito, nem isso adiantou. Fera que é fera não liga para fim de casamento, aparentemente.

É claro que depois disso teve exame de corpo de delito. Na descrição apresentada consta “equimose em 1/3 superior de braço esquerdo, auxiliar esquerda, toráxica esquerda, edema em malar esquerda, edema equimótico em lábio inferior”. O laudo também apontou que “há ofensa à integridade corporal ou à saúde do paciente. Dá uma olhada, abaixo:

A Polícia ouviu duas testemunhas. Os depoimentos são estarrecedores. Uma delas, que trabalhava como empregada doméstica, contou que as brigas eram constantes e que várias vezes viu a vítima com manchas roxas no corpo.

A testemunha também relatou que em uma ocasião viu quando Rafael chegou em casa e puxou a mulher pelos cabelos, passando a desferir tapas, socos e empurrões. De acordo com o depoimento, depois disso Rafael é o Fera empurrou a mulher com força para dentro do quarto, trancou a porta e continuou a agressão. Ainda conforme a testemunha, a mulher gritava por socorro, enquanto Rafael a chamava de “puta”.

A outra testemunha disse, à época, que conhecia a ex-esposa de Rafael há 11 anos, e que ele chegou em casa, após a separação, e agrediu a mulher. A testemunha conta que mora em outra cidade, mas que tinha vindo a Ariquemes, então ficou cuidado da mulher, que estava muito machucada após ser agredida. Ela também contou que Rafael era “bem ignorante”, e que constante agredia a mulher, chamando-a de “vagabunda” e “burra”.

Fera escapou impune, por mais incrível que isso possa parecer. O Ministério Público do Estado cumpriu seu papel oferecendo a denúncia. A Justiça aceitou a denúncia. Acontece que a investigação demorou muito.

Exiguidade de tempo, acúmulo de serviço e número reduzido de servidores na Delegacia de Polícia da Mulher de Ariquemes. Essas foram as explicações dadas oficialmente para a suposta demora da remessa ao Judiciário, sobre a investigação criminal envolvendo o ex-vereador Rafael é o Fera. Rafael é um homem de sorte. Escapou fedendo, e ainda por cima honranso o apelido recebido.

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