E a partida de xadrez do governador chega aos lances finais

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E a partida de xadrez do governador chega aos lances finais

Enquanto um avião da Polícia Federal pousa em Rondônia, a crise política se torna mais acirrada no governo

Devido ao jogo de forças entre o governador Marcos Rocha e o chefe da Casa Civil, está difícil administrar o estado

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Rondônia tem sido palco de uma disputa por espaço nunca vista anteriormente: a de um governador com um chefe da Casa Civil. O caso está na mídia, está escancarado na imprensa. Alguns articulistas políticos apoiam o governador e outros o chefe da Casa Civil, algo inimaginável há alguns anos, porque qualquer um que saiba escrever já deveria ter entendido quem é o dono da caneta.

Articulistas políticos querendo pressionar o governador a ceder para um secretário, qualquer que seja, é algo bisonho, na verdade.

Não haveria porque existir disputa política dentro do governo, porque o governador exonera o secretário que ele quiser, na hora em que ele bem entender. Mas a disputa se acirra quando chega à Assembleia Legislativa, onde alguns deputados ficam do lado de um, e outros do lado de outro. Coisa inimaginável há alguns anos. Mas deputado tem alguma força para interceder. Deputado não é articulista.

Em relação à Assembleia Legislativa, é como se o governador disputasse uma partida de xadrez, onde os lances precisam ser calculados com antecedência, procurando prever os próximos movimentos do adversário. Dentro de casa, não, pois manda quem pode e obedece quem tem juízo, diz o ditado.

Deputados se envolvendo em uma briga interna para segurar determinado secretário dessa forma é algo que nunca se viu antes, e está nítido que a estratégia está deixando o governador cada vez mais irritado. A pressão que tem sido exercida por um grupo de deputados poderá ter efeito contrário.

E a pressão exercida recentemente por deputados, com emendas mexendo no Orçamento do Detran, onde está o irmão do governador, acaba forçando a tomada de alguma atitude mais enérgica. Quem leu o livro “A Arte de Guerra”, do general chinês Sun Tzu? Deixar o adversário em uma situação insustentável pode custar caro.

Uma partida de xadrez muitas vezes pode ser vencida com o sacrifício de uma peça importante. A dama é o general em uma partida, e o governador é o rei. O rei pode sacrificar o general, se for necessário, na disputa com a Assembleia Legislativa. E, no xadrez, quando um peão chega à última casa, pode ser promovido a qualquer peça, menos a rei. Marcos Rocha pode sacrificar sua peça mais importante e promover um dos seus peões a general.

Pode promover mudanças na Casa Civil, justamente porque a pressão está se tornando insustentável. E se isso acontecer, haverá um efeito cascaca, com a queda de diversos secretários. Talvez fosse melhor que alguns deputados resolvessem compor com o governador, enquanto é tempo.

E no meio dessa pendenga toda, no final da tarde de quinta-feira (6) pousou um avião da Polícia Federal em Porto Velho. Será que estava somente de passagem?

Material postado na madrugada de sexta-feira (7).

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