O prefeito e a esposa viajam com dinheiro público, e dessa vez teriam levado um babá para cuidar da cria
A briga pela Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Cacoal teria como objetivo esconder informações sobre o desvio de dinheiro para a compra de combustível na administração Adailton Fúria (PSD). O objetivo central seria somente preservar os nomes de ladrões e zelar pela imagem do prefeito.
Há supostamente um procurador na Câmara que pretenderia ser candidato a vice-prefeito nas eleições do próximo ano. Na verdade, ele teria vontade de ser prefeito, mas como não tem votos para isso pretenderia ser o vice-prefeito de Fúria, por isso estaria protegendo a cria. Sim, o prefeito seria cria política do procurador.
Como um dos pré-requisitos é que a imagem de Fúria não seja manchada devido à roubalheira na prefeitura, estariam decididos até mesmo a encarar o Supremo Tribunal Federal (STF), a cuspir na cara a Justiça de Cacoal. É como se vereadores de Cacoal fossem tão importantes que não precisassem cumprir uma decisão do STF.
O interessante nisso é o vídeo que o vereador Paulinho do Cinema gravou tentando defender o prefeito. Ele diz que os “boca abertas” estão dizendo que foram desviados 1,4 milhão, mas não é isso, o desvio é de R$ 400 mil.
Com um defensor desses o prefeito está enrolado. Quer dizer então que na administração Adailton Fúria não foram desviados R$ 1,4 milhão. Foi “só” R$ 400 mil. E boca abertas são os que estão indignados com a corrupção.
Depois disso o vereador foi entrevistado, e na televisão disse que o desvio é de R$ 600 mil. Se apertar mais um pouco esse vereador vai dizer que é R$ 800 mil, e logo se chega nos R$ 1,4 milhão ditos anteriormente, pelo jeito. A roubalheira pode ser maior do que se imagina.
O prefeito age como se Cacoal vivesse a era medieval, dizem seus adversários políticos, mas isso não é verdade. Se Cacoal vivesse a era medieval esse vereador seria açoitado em praça pública por defender a corrupção.
Paulinho do Cinema dá as desculpas mais esfarrapadas da história para esconder os nomes dos ladrões de dinheiro público, por isso o grupo do prefeito estaria com medo da mudança da Mesa Diretora. Com a mudança no comando da Câmara os nomes dos ladrões vão aparecer, pelo jeito, e isso causa temor.
A investigação teria sido instalada na Câmara devido a um inquérito aberto na Polícia Civil para apurar o desvio de dinheiro na compra de combustível. A turma do Fúria teria ficado à frente, na Câmara, para impedir que a oposição tivesse acesso às informações.
Viagem
Enquanto isso o prefeito Adailton Fúria e a esposa Joliane viajam com direito público, e nos bastidores políticos é dito que dessa vez levaram até um babá, também pago com dinheiro público.
Oficialmente Joliane foi para Brasília recebendo R$ 5.265,00 em diárias para tratar da Lei Paulo Gustavo. O marido Adailton recebeu R$ 5.850 para tratar de convênios.
O casal viajar com dinheiro público com a suposta justificativa de trabalho em outro Estado tem sido usual, mas agora teria havido uma inovação.
Pedro Rabelo, suplente de vereador que ocupava o cargo de vereador com o afastamento do dono da vaga, também viajou, recebendo R$ 5.907,44 de dinheiro público. Isso mostra que o vereador Magnilson Mota, que ocupava irregularmente o cargo de presidente, brinca com dinheiro público.
O que vai fazer em Brasília um suplente, pago com dinheiro do povo, sendo que ele nem vai ficar na cadeira de vereador por muito tempo? Farra com dinheiro público?
Mas há uma outra explicação para a viagem, nos bastidores políticos. Antes de ocupar o cargo de vereador, o suplente era chefe de gabinete do deputado Cássio Gois (PSD). Cassio, antes de ser deputado, era o vice de Adailton Fúria. Pedro Rabelo teria ido para Brasília no mesmo período para ajudar a cuidar dos filhos do prefeito, que foram levados na viagem.
A falta de respeito com o dinheiro público em Cacoal é tamanha que a população até brinca, dizendo que dessa vez o casal Fúria resolver inovar, levando um babá. É por isso que chamam o prefeito de reizinho de Cacoal.
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