Com atuação medíocre no Senado e prestes a perder o mandato, Bagattoli ataca o STF

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Com atuação medíocre no Senado e prestes a perder o mandato, Bagattoli ataca o STF

Em vez de buscar recursos para Rondônia, senador aparentemente tenta regularizar sua fazenda em terra indígena

Além de R$ 100 mil não declarados em Ariquemes, senador diz que gastou R$ 300 para alugar 6 carros por um período de 45 dias

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Com atuação medíocre no Senado, onde aparenta estar mais preocupado em regularizar sua fazenda que se sobrepõe a terra indígena do que em buscar recursos para Rondônia, o senador Jaime Bagattoli (PL-RO) enfrenta agora mais um problema, que poderá resultar na cassação de seu mandato pela Justiça Eleitoral.

Agora pesa contra Bagattoli a acusação de que teria repassado R$ 100 mil a um empresário da área de sanduíches para ser gasto na campanha em Ariquemes. O empresário trabalhou na campanha do ex-deputado Tiziu Jidalias, que concorria à Câmara Federal em 2022, e teria recebido o dinheiro do então candidato ao Senado, Jaime Bagattoli.

Oficialmente haveria áudios comprovando o repasse de dinheiro, que não foi apresentado na prestação de contas, nem de Tiziu nem de Bagattoli. Extraoficialmente, conforme circula nos bastidores políticos, os áudios seriam do senador ameaçando o empresário e cobrando o dinheiro de volta, pois o trabalho não teria sido realizado da forma como o político esperava.

O empresário, então, devido às supostas ameaças, teria encaminhado a denúncia e os áudios ao Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia, onde já pesa contra Jaime Bagattoli uma denúncia de abuso do poder econômico e gastos excessivos na campanha.

É só digitar no Google que a situação de Jaime Bagattoli já aparece

Técnicos do TRE já havia detectado omissão de despesas na campanha eleitoral de Jaime Bagattoli, quando ele alegou que seu comitê alugou 6 veículos na empresa Monteiro Rent a Car Ltda, alegando ter pago entre R$ 300,00 e R$ 320,00 pelo período de 43 dias. Foram 4 Stradas Working, uma Saveiro e um Onix Plus, que, de acordo com as notas fiscais, custaram R$ 1.924,00. No mesmo período, a deputada federal Silvia Cristina (PL-RO) alugou um Voyage City por R$ 6 mil.

O espertalhão geralmente cai, não por tentar dar uma de esperto, mas por aparentemente acreditar que os outros são burros.

Relatório mostra a razão da suposta omissão na prestação de contas de campanha

A equipe de Bagattoli teria tentado ocultar despesas de campanha porque os gastos do hoje senador foram altos. O valor máximo permitido na campanha para o Senado é R$ 3.176.572,53, enquanto ele declarou ter gasto R$ 3.169.611,22, ou seja, cerca de R$ 7 mil a menos do limite. Some-se a isso o valor real do aluguel de veículos e os supostos R$ 100 mil entregues ao empresário dos sanduíches e já há motivo para que o TRE lhe casse o mandato.

Diante disso tudo o senador Jaime Bagattoli passou a atacar o Supremo Tribunal Federal (STF). No final de semana, em Vilhena, ele afirmou que o Tribunal está cometendo um crime, querendo governar o País, querendo liberar o aborto, acabando com o Marco Temporal, massacrando o agronegócio e destruindo os agricultores. E ainda por cima emendou que isso é só o início do comunismo, e afirmou que foi assim que começou na Venezuela.

Rondoniaovivo noticia ataque de Jaime Bagattoli ao STF, que contraria os interesses dele

A fala atabalhoada mostra o despreparo de um senador, que pelo jeito nem sabe o que é o comunismo, e que também desconhece o regime adotado na Venezuela. Ele distorce, ou melhor, torce as coisas, tentando denegrir a imagem da Justiça, esquecendo que está sendo julgado e que pode estar prestes a perder o mandato por supostamente ter tentado dar uma de esperto.

O caso é que o STF também está avaliando a situação do Marco Temporal, e aparentemente os ministros estão contrariando os interesses pessoais de Bagattoli.

O ministro Barroso, que já teria uma posição em relação ao Marco Temporal, foi alvo do senador

Anteriormente o senador já havia atacado o ministro Luís Roberto Barroso, que toma posse como presidente do STF na próxima quinta-feira (28). Jaime Bagattoli chegou a pedir o impeachment do ministro. A atitude sem noção perde força, devido à situação do senador.

Zero à esquerda

A atuação de Jaime Bagattoli em Brasília pode ser considerada um zero à esquerda para Rondônia, no sentido de trazer algum benefício para o Estado. Ele tem deixado muito a desejar, e nos bastidores políticos é citado que o senador teria alguma mágoa do governador Marcos Rocha (União Brasil), por isso não vai atrás de recursos para Rondônia.

Na primeira eleição de Marcos Rocha, Bagattoli também concorreu ao Senado, mas no decorrer da campanha acabou se afastando do hoje governador. É que à época poucos acreditavam que o coronel venceria. Assim, Jaime Bagattoli, de acordo com o que circula nos bastidores políticos, colocou o pé em outra canoa.

Pelo que é noticiado, Bagattoli teria seus próprios interesses no Senado

Assim, quando o coronel Marcos Rocha venceu a eleição, Bagattoli não teve no governo o espaço que ele achou que merecia. Agora, ao invés de ajudar Rondônia, faz discursos incoerentes. Mas o que o senador faz em Brasília, então? De acordo com o que apurou o blog, ele estaria cuidando dos próprios interesses.

Jaime Bagattoli foi apontado pelo site De Olho nos Ruralistas como o parlamentar e financiador de campanha com propriedade em territórios indígenas. De acordo com os documentos, a fazenda São José pertence à Transportadora Giomila, que tem como sócios o senador e o irmão dele, Orlando Bagattoli.

De acordo com a denúncia, o senador seria uma raposa no galinheiro

A fazenda, de acordo com o que foi mostrado, foi registrada duas vezes em sequência: a primeira em janeiro de 2007, com 1,1 mil hectares, e a segunda em novembro do mesmo ano, com 3,7 mil hectares. A propriedade era de outra família, e foi adquirida pelos irmãos Bagattoli em 2011, por meio da penhora de uma dívida contraída pelos seus antigos donos. Os registros foram feitos logo após a homologação da Terra Indígena Omerê, em abril de 2006.

Como Jaime Bagattoli avaliará o projeto de lei que trata do Marco Temporal, ele foi classificado como a raposa colocada para tomar conta do galinheiro.

O senador tem obtido destaque nacional, devido à invasão de terras

O que pode até parecer comum em Rondônia é visto como um escândalo em nível nacional, tanto que o fato mereceu a atenção de órgãos de comunicação muito conhecidos, como a Agência Pública. A Pública é uma agência de notícias independente, que funciona com doações. Sem compromissos políticos, o grupo é formado por mulheres, jornalistas que trabalhavam em grandes veículos de comunicação. Essas mulheres batem sem dó em todas as irregularidades que descobrem.

A Agência Pública coloca para arrebentar em tudo o que é nebuloso

Temos então um senador que em termos de trazer recursos para o Estado é um zero à esquerda, mas que trabalha para regularizar a própria fazenda, localizada em uma área invadida. Este é Bagattoli, que ataca o mesmo STF que pode impedir a regularização de suas terras.

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