Assembleia e governo travam novo cabo de guerra por causa do Detran

Home

Assembleia e governo travam novo cabo de guerra por causa do Detran

O deputado Jean Oliveira tentou usar o deputado Camargo para retirar do Orçamento as emendas que tiram poderes do diretor-geral Sandro Rocha, mas não deu certo

Teve parlamentar que nem percebeu o que estava acontecendo. Outros, mais espertos, ‘apertaram’ para que a votação acontecesse logo

Em Ji-Paraná dizem que Affonso Cândido fez o L
Para defender Júnior Lopes, ex-traficante ataca secretária de Esportes de Porto Velho
Em razão de notícia vinculada no blog (blogentrelinhas.com.br), a Câmara Municipal de Alto Paraíso, apresenta a seguinte:

Dentro do novo cabo de guerra que está sendo travado entre a Assembleia Legislativa e o Executivo, a tendência é que o governador Marcos Rocha (União Brasil) vete emendas apresentadas por deputados ao Orçamento, aprovado na última semana em uma sessão que em alguns momentos ficou parecida com uma aula da Escolinha do Professor Raimundo.

O deputado Camargo (Republicanos) costuma tumultuar as sessões, se deixarem. E o deputado Jean Oliveira deixou. Na verdade, Camargo aparentemente nem percebeu, mas foi usado como marionete para que fossem trazidas para votação em plenário as emendas que tiram poderes do diretor-geral do Detran, Sandro Rocha.

Pelo regimento interno, em plenário o parlamentar vota pela aprovação do Orçamento, ou não, sem apreciar as emendas. Como Jean Oliveira tentou derrubar as emendas na Comissão de Constituição e Justiça e não conseguiu, deu apoio para Camargo pedir a votação separadamente, em mais uma tentativa de ajudar o governo. Camargo, que é oposição, nem percebeu que serviu de marionete, mas a tentativa de derrubar as emendas em plenário também falhou.

O deputado Edevaldo Neves (RPD) também votou com Jean e Camargo para que as emendas fossem votadas separadamente, em plenário. Ele também nem estava entendendo o que acontecia. Achou que seria mais democrático, sem se atentar para o jogo de forças entre a Assembleia Legislativa e o governo.

Os deputados mais espertos ficavam apenas observando a situação, prontos para, no voto, impedir que as emendas fossem apreciadas separadamente. Nim Barroso (PSD) foi um dos que pediu para votar o Orçamento logo, pois votar emendas em separado iria dar confusão.

Na realidade, Nim Barroso estava preocupado em assegurar logo no Orçamento os recursos que estão previstos para Ji-Paraná e para a Região Central. Ele também considera que as emendas não prejudicarão o Detran, mas não será dado cheque em branco, por isso diversas ações dependerão de autorização da Assembleia.

O deputado Ribeiro do Sinpol (PRD) é aliado de primeira hora do governo, mas sua principal preocupação é o reajuste salarial para as forças de segurança, que já estava previsto no Orçamento, e havia sido um compromisso dele com a Polícia Civil. Ribeiro sabe que o governador deverá vetar as emendas, mas entende que isso pode ser discutido depois, desde que o aumento no salário já esteja assegurado. Por isso pediu pressa na votação.

O deputado Eyder Brasil (PL) explicou nos bastidores que acompanhou a relatora, mas admitiu que trabalhou pela aprovação das emendas. Para Eyder, a medida em nada atrapalha o Detran e permite que a Assembleia Legislativa fiscalize as ações do departamento.

Pelo que disse Eyder Brasil, medidas políticas no Detran dependem agora de autorização do Legislativo para que sejam levadas em frente.

O cabo de guerra deverá prosseguir, pois a próxima ação deverá ser do governo, com o provável veto às emendas. É bom acompanhar o posicionamento de deputados que entendem o que está acontecendo.

COMMENTS

WORDPRESS: 0
DISQUS: 0