Professora eleita vice-reitora da Unir com diploma falso é desligada da universidade

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Professora eleita vice-reitora da Unir com diploma falso é desligada da universidade

Viviane Barrozo tomou posse na Unir com diploma falso, se candidatou a vice-reitora com diploma falso e tentou progressão funcional com diploma falso

Consta que a protagonista de um dos maiores escândalos já registrados na Unir está agora morando na Europa

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O Ministério da Educação tornou sem efeito a posse de Viviane Barrozo da Silva como professora da Universidade Federal de Rondônia (Unir). A portaria foi publicada no último dia 5, mas mesmo assim ainda está longe o desfecho do escândalo que sacudiu as estruturas da universidade.

Você pode olhar parte do print da página do MEC ou acessar o link abaixo, para olhar toda a portaria:

https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-n-886/2024/gr/unir-de-4-de-novembro-de-2024-593990492

Há três inquéritos na Polícia Federal apurando o caso de Viviane, que havia tomado posse em 2009 como professora-mestre. Acontece que, segundo foi verificado por um grupo de professores da Unir, o diploma de mestrado era falso.

Com o passar dos anos, Viviane, já como professora da Unir, supostamente fez dois doutorados. Só Que Não (SQN). O diploma de doutorado apresentado por ela também era falso, segundo o que foi apurado por um grupo de professores.

O mais grave é que Viviane Barrozo concorreu a vice-reitora da Unir, e foi eleita. Além do mais, ela teve favorecimento que não é dado aos demais professores.

O que despertou a curiosidade desse grupo de professores foi que, somente após ser eleita vice-reitora, no dia 21 de dezembro do ano passado, Viviane solicitou a progressão funcional vertical. Ninguém defende doutorado e fica com o diploma guardado, pois estamos falando de um salto salarial gigantesco.

Então, passada a eleição, ela solicitou a progressão por titulação de manhã e a promoção foi concedida na tarde do mesmo dia. A extrema agilidade causou estranheza ao grupo de professores, pois esse trâmite, para os demais, demora pelo menos 30 dias.

O grupo de professores resolveu verificar a autenticidade dos diplomas e constatou falsificações grosseiras. A Universidade Federal do Rio Grande do Sul, suposta emitente do diploma, foi consultada. Acontece que Viviane nunca estudou lá. Ela também nunca estudou na Universidade Federal de Santa Maria, de onde saiu seu diploma de mestrado.

O grupo de professores denunciou o caso internamente, e também acionou a Polícia Federal em Rondônia. Enquanto isso, a PF no Rio Grande do Sul descobriu um esquema de venda de diplomas ilegais na UFRS, o que foi notícia nacional.

Com a publicação da portaria do MEC, a posse de Viviane como professora se tornou sem efeito, ou seja, ela basicamente não existiu na Unir durante 15 anos e dois meses, isso oficialmente. Ela teria ido embora do Brasil, e estaria na Europa. Ficam algumas perguntas:

Como ficam os acadêmicos das disciplinas que ela ministrou? E as bancas que ela participou? E as monografias que ela orientou? Os 15 anos e dois meses de salário serão devolvidos? E, principalmente, por que a progressão, para ela, aconteceu no mesmo dia?

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