Assim que foi informado sobre a condenação, Cassol viajou para a Europa e está sendo aconselhado a abandonar definitivamente a política
Dois fatores sacudiram a estrutura dos partidos políticos de Rondônia, devendo obrigar os dirigentes a formalizar novas alianças para 2026. A primeira delas aconteceu antes do primeiro turno, precisamente no dia 5 de setembro: a decisão do Tribunal de Justiça, de manter a inelegibilidade do ex-governador Ivo Cassol (PP) por mais oito anos.
Na decisão, foi mantida a perda de direitos políticos, a condenação ao pagamento de multa e também a proibição de contratar com o poder público e de receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. O acórdão foi publicado no Diário da Justiça do dia 11 de outubro.
De acordo com o que apurou o Entrelinhas, assim que foi informado da decisão do TJ, Ivo Cassol viajou para a Europa e só voltou no final do primeiro turno. Depois, teria sido aconselhado a abandonar definitivamente a política. Isso porque existe no Tribunal de Justiça mais um processo com condenação em primeira instância, em moldes parecidos com o que resultou na última decisão. A tendência, portanto, será uma nova condenação daqui a algum tempo.
Cassol é aquele político que parece ter escorpião no bolso. Não gosta de puxar a carteira de jeito nenhum, por isso não adianta ficar tendo despesas com o PP, sendo que não há garantia alguma de que possa ser candidato nos próximos dez anos. Tudo dependerá ainda de quando sairá a decisão do TJ sobre o outro processo.
Outro fator que interfere na formação de grupos partidários é o resultado das eleições municipais em Rondônia. O União Brasil conquistou 16 prefeituras, o PL conquistou 12, e o PSD elegeu sete prefeitos. MDB, PP e Podemos elegeram quatro prefeitos, o Republicanos elegeu três, Avante e PRTB elegeram um.
União Brasil e PL não se bicam, e do jeito que a situação está, dificilmente caminharão juntos. Existe uma tendência de que Podemos e PSD caminhem juntos, pois os dirigentes se entendem bem. Os dois partidos demonstraram força, pois venceram em grandes colégios eleitorais, como Porto Velho, Cacoal e Vilhena.
Há outros partidos que não contam com tantos prefeitos, mas possuem pesos pesados, como o PDT de Acir Gurgacz, o PSDB de Hildon Chaves, o PP de Silvia Cristina e o PRTB do deputado Marcelo Cruz.
A tendência é que se forme um novo grupo político em Rondônia, e desse grupo pode sair o novo governador. Havia um relativo desânimo em muitos políticos em se tratando de disputar o governo do estado em 2026, mas com Ivo Cassol fora, a configuração muda.
A diante disso, ainda resta uma pergunta: Para onde irá o deputado federal Fernando Máximo? Antes do segundo turno estava quase certo que ele iria para o PL, mas agora…
COMMENTS