No monstro de Frankenstein que virou o MDB, Lúcio Mosquini começa a falar igual a Dilma Rousseff

Era uma vez um médico de Rondônia que virou político. Ele assumiu a frente de um partido chamado MDB, que estava praticamente morto no Estado. Colocou a legenda partidária na maca política e começou uma operação assustadora, passando a costurar no emedebê pedaços de outros partidos, principalmente do PT. Começa a surgir um monstro que, segundo dizem, tem a cara do Lula. E tem ainda os recém transformados. Políticos que eram de outras correntes partidárias e foram transformados em emedebistas.

Confúcio conseguiu costurar um deputado na espinha dorsal do MDB: Ismael Crispin. O deputado, um recém transformado em emedebista, transformou logo o irmão, Coronel Crispin, que já é o pré-candidato a prefeito de São Miguel. O deputado Alan Queiroz (Podemos), ciscou para o lado do MDB e quase foi transformado, mas escapou. Salvo pelo Van Hensing?

Em São Miguel, o doutor Confúcio Frankenstein costurou no dorso do MDB uma boa parte do PT. Foram para lá figuras como o ex-petista Zenildo Pereira, que já foi prefeito da cidade com o nome político de Zenildo do PT. Ele deveria ser o pré-candidato emedebista, mas acabou desistindo após desenterrarem um vídeo onde Zenildo era detonado pelo hoje deputado Ismael Crispin. Briga de esquerdistas, dizem.

Doutor Confúcio Frankenstein prossegue as cirurgias políticas, para deixar o monstro MDB com um volume ainda maior. O problema em Rondônia é que, não se sabe por qual motivo, cerca de 70% dos eleitores não gostam da esquerda, e o monstro está ficando cada vez mais com a cara do Lula. Como se fosse pouco, agora o deputado federal Lúcio Mosquini (MDB-RO) está falando quase igual a Dilma Rousseff.

Virou motivo de zoação. Olhem o vídeo. É curtinho. “O Claudio poderá ganhar essa eleição, ou perder a eleição”. Para ficar igual a Dilma, ele ainda teria que dizer “não acho que quem ganhar, ou quem perder, nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder”.

Mas é que o monstro MDB ainda está sendo costurado pelo médico Confúcio Frankenstein. Ainda não está pronto. Lúcio Mosquini tem tempo para treinar mais um pouco, e logo estará falando igual a ex-presidente Dilma, talvez até chamando os nobres colegas de “cumpanheiros”. Mosquini é o presidente do partido, mas manda tanto quanto mandava a falecida rainha da Inglaterra. Quem dá as cartas é Confúcio. Estão vendo como a criatura está ficando a cara do Lula?

O vídeo original é maior, e Mosquini está em Theobroma. Pelo jeito o lançamento da pré-candidatura é uma medida desesperada, e nem mesmo Mosquini parece acreditar em uma vitória: “O Claudio poderá ganhar essa eleição, ou perder a eleição”.

Mas está difícil para o Claudio. O prefeito Gilliard Gomes é pré-candidato à reeleição. Ele trabalha contando com o apoio da deputada federal Silvia Cristina (PL-RO) e do deputado Laerte Gomes (PSD), que encaminharam emendas parlamentares para Theobroma. Lá, nunca havia sido construída uma única ponte de concreto, mas agora serão entregues cinco. Foram adquiridas seis ambulâncias novas e oito caçambas novas, dentre outras coisas.

O prefeito Gilliard nem é próximo ao governador Marcos Rocha (União Brasil), mas parece saber que precisa de apoio de deputados para conseguir trabalhar. Assim, entra com recursos de contrapartida e consegue a maior parte através de emendas parlamentares.

Político que sabe trabalhar busca aliados para atender a população. Em casos assim fica difícil o político perder para uma estrutura monstruosa. A deputada federal Silvia Cristina, que tem ajudado Theobroma, entregou na última semana R$ 100 mil para a Apae em Alto Alegre dos Parecis. Entregou em seguida, também em Parecis, um barracão para os feirantes que ficavam na chuva ou no sol, e ainda R$ 200 mil para a Guarda Mirim. Ainda foi até Santa Luzia, onde entregou mais R$ 300 mil.

Quando uma deputada chega sempre de mãos cheias para ouvir a população, acaba fincando uma estaca no coração de um monstro político. É onde o doutor Confúcio Frankenstein precisa ter cuidado, pois se Silvia Cristina resolver concorrer ao Senado em 2026, o político Confúcio correrá o risco de ficar sem mandato. São duas vagas, e um outro pré-candidato ao Senado é o governador Marcos Rocha. O monstro MDB corre o risco de morrer, sem conseguir ajudar seu criador.

Vale lembrar que, na história de Mary Shelley, o monstro não tem nome. Frankenstein é o nome de um médico brilhante. E Confúcio Moura é um político brilhante. Nunca perdeu uma eleição, mas pode ser que esse monstro que ele está costurando modifique isso, pois em Rondônia, como já foi dito, a maioria não gosta da esquerda.