A novela da licitação da empresa de coleta de lixo está cada vez mais empolgante. Será que tem vilões nisso?
As operações estruturadas do conglomerado Amazon Fort parecem ultrapassar fronteiras. Muitos pensam que a novela começa na Operação Presságio, deflagrada na última semana pela Polícia Civil de Santa Catarina acerca de um grande esquema de corrupção envolvendo agentes políticos daquele Estado e um contrato emergencial de limpeza urbana com a Amazon Fort, empresa 100% rondoniense.
Porém, em capítulos anteriores, o Grupo Amazon Fort e um de seus sócios foram condenados criminalmente no Estado vizinho, o Acre, por irregularidades na coleta do lixo hospitalar.
Em Jaru, o respeitado prefeito João Gonçalves também denunciou a empresa ao MP por diversos crimes envolvendo a coleta do lixo na cidade.
O modus operandi da empresa parece estar criando raízes agora na capital do seu Estado de origem. Em Porto Velho a situação aparentemente está feia. Há coisas difíceis de acreditar, parecendo alguns filmes de suspense.
A prefeitura da capital tenta há três anos, por ordem do TCE/RO, realizar a licitação de coleta e destinação de lixo na capital. Contudo, a empresa Amazon Fort, autora de diversas impugnações, tenta a qualquer custo “segurar” o processo licitatório. Estranha este blog, em pesquisas realizadas, que a tal Amazon Fort sequer participou da primeira fase da licitação, que, diga-se de passagem, havia sido liberada pelo TCE/RO e após a terceira fase, misteriosamente, foi suspensa novamente pelo primogênito conselheiro Jailson, recém-chegado à Corte de Contas, e adivinhem… após mais uma representação da Amazon Fort.
Aparentemente a empresa entrou em cena quando a novela já tinha começado, mas tenta a todo custo ser protagonista principal.
Em Florianópolis, onde aconteceu a ação da Polícia, o contrato alvo da operação era emergencial. Em Porto Velho, seguindo esta linha, provavelmente a empresa esteja tentando forçar o cancelamento do certame licitatório para tentar um contrato emergencial com o município.
E tem mais ….
Na última semana o MP/RO também resolveu entrar em cena e expediu uma recomendação ao prefeito Hildon Chaves, assinada pelos promotores da Divisão Ambiental do MP, pedindo que a prefeitura resolva a coleta e destinação a qualquer custo e urgente. Só esqueceram os promotores de fazer uma ligação ao TCE para saberem que a prefeitura não deu andamento por conta dos dedos dos Deuses de contas do Estado.
Pergunta-se: será que a prefeitura da capital estaria se rendendo aos tentáculos espinhosos da Amazon Fort e segurando o processo propositalmente para forçar um contrato emergencial na capital?
O MP de Rondônia estaria sendo induzido a erro pelas denúncias apresentadas pelos competentes advogados da Amazon Fort e anuindo com um contrato emergencial para beneficiar os Reis Presságios?
O TCE/RO estaria, por conta de algum sinal de Presságio, agindo para colocar a prefeitura em situação delicada de não cumprir uma decisão que a própria Corte de Contas determinou e com isso gerar problemas futuros ao prefeito Hildon Chaves, que busca, após a saída da prefeitura no fim deste ano, trilhar com sucesso o caminho ao Palácio Rio Madeira?
A novela está cada vez mais empolgante. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
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