Trama seria para tirar secretário das eleições e evitar que as atenções se voltem aos gastos desses vereadores
O blog apurou que o grupo de vereadores que se juntou para prejudicar o secretário Adriano Soares, afastado da pasta de Gabinete e Administração, também busca criar um escândalo para afastar a atenção da população para gastos irregulares praticados por eles na Câmara Municipal.
Entre as irregularidades estariam a reforma da Câmara, não executada; o abastecimento de veículos sem empenho; a devolução de diárias por parte de vereadores; contratos executados durante mandatos de vários presidentes; leis aprovadas para benefício próprio, que inclusive levaram o Tribunal de Contas a agir, para que os vereadores devolvessem mais de R$ 12 mil cada um; criação de cargos; aumento de salários e farra de diárias.
Além disso haveria ainda a intenção de manter o secretário afastado da prefeitura, tentando impedir que ele dispute as eleições do próximo ano. Adriano Soares pareceu um perfeito bode expiatório depois que o prefeito Cornélio Duarte anunciou que pretende fazer do secretário seu sucessor.
Com uma só armação, caso o plano tivesse dado certo, o grupo de vereadores que faz oposição do prefeito tiraria Adriano Soares da jogada a ainda jogaria uma cortina de fumaça para o que acontece na Câmara.
O valor da reforma na Câmara teve um acréscimo de 46,18%, aumentando R$ 61.171,20 e passando para R$ 193.621,07. O processo administrativo da reforma é o nº 075/2021.
Os vereadores criaram, através de resolução legislativa, uma verba de representação no valor de R$ 1,5 mil pra o presidente, o vice-presidente e o secretário, e de R$ 900,00 para os demais integrantes da Mesa Diretora.
Diante às reclamações, foi aprovada outra resolução legislativa, especificando que a verba é inacumulável. Como se fosse pouco, ainda há um contrato de serviço de sistema e um auxílio odontológico.
Para mascarar essas situações o vereador Edimar Crispin (PSB) teria apresentado uma denúncia falsa à Delegacia de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado (Draco) de Cacoal, dizendo que o secretário afastado Adriano Soares teria chantageado um fornecedor da prefeitura pedindo quantia em dinheiro.
O empresário, procurado pela Draco, negou qualquer tipo de pedido, exigência ou chantagem por parte de Adriano. Depois disso o empresário foi à Delegacia de Polícia de São Miguel e registrou um Boletim de Ocorrência, exigindo a punição do vereador por ter usado seu nome em uma armação política.
A intenção de Edimar Crispin seria lançar o irmão, coronel Crispin, pré-candidato a prefeito de São Miguel. Quando o prefeito Cornélio Duarte anunciou que apoiará o secretário Adriano Soares, teria iniciado o plano do grupo. O vereador Edimar chegou a postar em suas redes sociais uma foto de Adriano, conclamando a população a denunciar caso ele se aproximasse da prefeitura.
Bode expiatório
Para mostrar que blog também é cultura vai aí a explicação do termo bode expiatório, com ajuda do maior intelectual do mundo, o dr. Google:
A expressão “bode expiatório” tem a sua origem no ritual judeu do Livro dos Levíticos, em que Aarão ao pôr as mãos sobre a cabeça de um bode transmite para este animal todos os pecados do povo de Israel.
O blog também apurou que existem rituais onde o cidadão confessa seus pecados ao bode, falando no ouvido do animal, e depois o degola. Como se o bicho fosse contar a alguém.
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