No circo que virou a Câmara de Vereadores de Cacoal, a Justiça coloca ordem no picadeiro

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No circo que virou a Câmara de Vereadores de Cacoal, a Justiça coloca ordem no picadeiro

Palhaçada sai dos limites do município e vereador fura fila do SUS em Rolim de Moura

Presidente fanta resolve brincar de pique esconde com oficial de Justiça

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Na Câmara de Vereadores de Cacoal está sendo registrada tanta palhaçada que o ambiente mais parece um circo, mas a Justiça resolveu colocar ordem no picadeiro, acabando com as graças da turma que dá sustentação ao prefeito Adailton Fúria.

Por uma decisão judicial, ficou sentado na cadeira de presidente o vereador Magnilson Mota. Em um vídeo, ele discursa contra o também vereador Dr. Paulo Henrique, criticando o colega por defender o nobre colega vereador Lauro Garçom de uma acusação de estupro de vulnerável.

Magnilson fala em istrupo vunerário. Além de assassinar o Português, o próprio Magnison é acusado de assédio sexual a uma servidora comissionada da prefeitura. Lauro Garçom era defendido pelo vereador Dr. Paulo Henrique, e foi absolvido pela Justiça, mas a acusação contra Magnilson continua. Pareceu mesmo um picadeiro, o plenário da Câmara de Cacoal, por conta de alguns nobres pares.

Acontece que Magnilson havia empossado o suplente de Lauro Garçom, Pedro Henrique Rabelo, que está viajando com diárias de quase R$ 6 mil pagas pela Câmara, e se recusou a empossar novamente Lauro Garçom. Porém o Judiciário determinou que Lauro Garçom fosse reconduzido ao cargo.

Enquanto isso, o ministro do STF, André Mendonça, decidiu que o presidente da Câmara de Vereadores de Cacoal é o vereador Corazinho. Magnilson Mota fez de conta que continuaria sendo o presidente, ignorou as decisões, não empossou Lauro Garçom e marcou uma sessão extraordinária para a noite de quinta-feira (24).

Na tarde de quinta-feira um oficial de Justiça foi até a Câmara de Vereadores para dar ciência da decisão a Magnilson Mota. Talvez por achar que o Judiciário também estivesse na mesma onda do Legislativo Municipal, ele aparentemente resolveu brincar de pique esconde com o oficial de Justiça.

Magnilson Mota teria se trancado em seu gabinete, segundo os maledicentes, e mandado dizer que não estava. O oficial de Justiça teria registrado que o chefe de gabinete se recusou a receber o documento e avisou que a juíza não iria gostar nem um pouco, deixando claro que voltaria de noite, na hora da sessão extraordinária, para entregar as duas notificações. Elas foram entregues às 17h40, um pouco antes da sessão, marcada para às 19 horas.

Nesse período, moradores de Cacoal resolveram entrar na zoação e fizeram uma montagem do antigo programa Linha Direta, colocando a foto de Magnilson, dizendo que ele estava sendo procurado. Não pela Polícia, é claro, mas pelo oficial de Justiça.

Mas Magnilson continuou brincando de presidente, transformando o plenário em picadeiro. Eles aprovaram o fim do cargo de procurador-geral da Câmara, atendendo alguns procuradores que recebem R$ 35 mil por mês mas não querem cumprir horário.

O blog tomou conhecimento de que Patati e Patatá pretendem ir até Cacoal tomar algumas aulas com os vereadores que dão sustentação ao prefeito Fúria.

Fila do SUS

As gracinhas dos vereadores do Fúria ultrapassaram os limites de Cacoal e chegaram em Rolim de Moura. O vereador Edimar Kapiche está sendo acusado de participar de um suposto esquema para furar a fila do SUS e se submeter a uma cirurgia na rede pública.

Inicialmente, Kapiche teria sido atendido no PAM de Cacoal, por um médico que é irmão do diretor, colocado no cargo por indicação do vereador. Como o médico também atende em Rolim de Moura, realizou a cirurgia menos de 40 dias depois.

O vereador de Rolim de Moura, Ronny Ton Zanotelli, gravou um vídeo explicando que cobrou explicações da Secretaria Municipal de Saúde de Rolim de Moura. A situação ficou feia, porque nos dois municípios há uma fila de espera para realização de cirurgias. Um outro vídeo mostra um morador que espera há um ano por cirurgia.

Quando a informação vazou, o prefeito Adailton Fúria foi a grupos de WhatsApp defender o aliado, alegando que tinha uma pactuação, um convênio com o Município de Rolim de Moura. A defesa do prefeito ao vereador foi confirmada ao blog por integrantes de grupos de WhatsApp.

Acontece que depois a lorota contada por Adailton Fúria foi descoberta, com uma nota oficial da própria Secretaria Municipal de Rolim de Moura, explicando que foi determinada instauração de Procedimento Apuratório Disciplinar. Conversa furada tem perna curta.

Uns fazem do Câmara de Vereadores um circo, outros dão cobertura às palhaçadas dos aliados. Assim está sendo o reinado de Adailton Fúria e seus vereadores. Acontece que agora resolveram brincar com a Justiça, que certamente colocará ordem no picadeiro. O blog esclarece que em Cacoal tem vereadores que trabalham com seriedade. O espaço está aberto para manifestações, sejam elas dos vereadores ou do prefeito Adailton Fúria.

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