Três prefeitos de Rondônia devem ser afastados logo e mais gente graúda será envolvida

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Três prefeitos de Rondônia devem ser afastados logo e mais gente graúda será envolvida

A exemplo dos prefeitos de Candeias e de Ji-Paraná, os três usaram a licitação do Cimcero

A prefeitura de Nova Mamoré comprou mais tubos armcos do que a de Candeias

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Os prefeitos afastados de Candeias do Jamari, Valteir Queiroz, e de Ji-Paraná, Isaú Fonseca, têm uma coisa em comum: compraram materiais usando a ata do Consórcio Público Intermunicipal da Região Centro Leste de Rondônia (Cimcero). O primeiro comprou tubos armcos e o segundo, lâmpadas de led.

Os dois prefeitos já teriam dito que “têm verdades a contar”, o que pode revelar um gigantesco esquema de corrupção, saindo dos limites das prefeituras e envolvendo muita gente graúda. Aparentemente, quanto mais tempo ficam fora do cargo, mais têm vontade de falar.

Acontece que pelo menos mais três prefeitos também utilizaram a ata do Cimcero, sendo que o prefeito de Nova Mamoré comprou uma grande quantidade de tubos armcos, totalizando R$ 6 milhões. Ele recebeu emendas parlamentares e utilizou o dinheiro na aquisição do material, pagando pelo produto o mesmo que o prefeito do Candeias.

No caso de Candeias, após o início das investigações a Delegacia Especializada em Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) também identificou ocultação de patrimônio através da compra de gado em nome de terceiros.

Em Ji-Paraná, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público, identificou um prejuízo de R$ 17 milhões aos cofres públicos, classificando o esquema de licitação como “fraudada e direcionada”.

Os cinco prefeitos que utilizaram a ata do Cimcero receberam emendas de aproximadamente 20 parlamentares para a aquisição dos materiais.

O Governo do Estado tinha feito uma licitação semelhante, que não foi vencida pelo grupo que forneceu os produtos que resultaram no afastamento dos prefeitos de Ji-Paraná e Candeias, porque os preços estavam altos.

Em vez de pegar carona em uma ata do governo, onde os materiais estavam mais em conta, foi feita outra licitação, pelo Cimcero, onde determinados itens estavam bem mais caros.

Teoricamente, em uma licitação feita por um consórcio os preços deveriam ser bem menores, porque estaria sendo adquirida uma quantidade muito maior de materiais. Um dos objetivos do Cimcero é esse. Ou, pelo menos, deveria ser esse. As licitações são feitas de acordo com as necessidades dos municípios. Acontece que, dessa vez, aparentemente não foi o que aconteceu.

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