Deputados cortam cabeça de jabuti e a situação com o governo pega fogo

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Deputados cortam cabeça de jabuti e a situação com o governo pega fogo

Quem diria que a morte de um jabuti poderia influenciar na temperatura política?

A petulância de alguns secretários teria sido a causa da sentença dada ao jabuti

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Já é público que em Rondônia a situação entre o Executivo e o Legislativo está fervendo, mas muita gente não sabe que isso aconteceu por causa de um jabuti. Só para constar, todo ano a Assembleia Legislativa aprova o Orçamento enviado pelo CPA, onde é definido como o dinheiro arrecadado será gasto no ano seguinte. Acontece que sempre tem os remanejamentos dos recursos.

Em 2022 o principal secretário do governador pediu para que os deputados autorizassem o governo a remanejar até 100% do valor do Orçamento neste ano. Os parlamentares concordaram. É bom lembrar que até 2022 sempre era autorizado um remanejamento de até 20%. Quando passasse disso o governo teria que enviar projetos para serem aprovados pelos deputados.

Neste ano, logo no começo, o secretário pediu novamente aos deputados que deixassem o Executivo remanejar 100% no Orçamento em 2024. Isso porque o Orçamento é sempre aprovado no ano anterior. Dessa vez os parlamentares disseram não. Foi quando entrou o jabuti no meio.

Em fevereiro, quando o Executivo enviou para a Assembleia Legislativa a reforma administrativa, colocou o jabuti. Estava especificado, em um projeto de lei no meio de trocentos e cinquenta e dois outros, que o governo poderia remanejar 100% do Orçamento sem precisar pedir autorização ao Legislativo. Não há como ler todo o calhamaço de projetos, porque o governo fica pedindo pressa, fica alegando urgência urgentíssima. Mas três deputados viram o jabuti escondidinho, porém ficaram quietos.

Recentemente, nas últimas semanas antes do recesso parlamentar, secretários pararam de atender os deputados. Para falar com o secretário mais importante, nem com hora marcada. Isso irritou os parlamentares, que não entendiam a petulância dos subalternos do governador.

No meio da confusão, os três que já tinham visto o jabuti, contaram para os demais. Então decidiram cortar a cabeça do bicho. Os mais radicais queriam aprovar uma lei determinando que para remanejar um único centavo o Executivo deveria pedir permissão à Assembleia. Os mais tranquilos defendiam que o percentual voltasse aos 20%, o que era antes. E tinha os que preferiam manter em 10%.

Foi decidido que deixariam o governo remanejar até 10% do Orçamento, metade do que geralmente era. Foi a última lei aprovada na última sessão antes do recesso do meio do ano. Foi por isso que o recesso demorou a começar. Foi por isso que dias se passavam e nada de alguma coisa ser votada e nem o recesso iniciar.

Morto o jabuti, o principal secretário do governador começou a exonerar servidores comissionados indicados por deputados. Na verdade não são tantas indicações como se fala por aí, mas tem algumas. Isso irritou os parlamentares. Alguns diziam que até agora a Assembleia votou tudo o que o CPA pediu, mas por conta de uma reação ao que chamam de falta de educação do secretariado, houve retaliação.

O clima está quente. Agora está ganhando corpo o posicionamento da outrora minoria, que pedia para que o percentual de remanejamento ficasse em zero. Isso quebraria os secretários do governador. Qualquer falha no planejamento que resultasse em pegar dinheiro daqui e colocar para ali, precisaria de aprovação dos deputados.

Então… quem diria que a morte de um jabuti pudesse influenciar no clima, deixando a temperatura alta, a ponto de pegar fogo?

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